Cultura /CEC Guimarães 2012
Queria começar este post, com um fio condutor: a necessidade de uma política de cultura concertada ao nível Regional. É inadmissível que numa região e num raio de 30 kilometros quadrados, no triangulo Guimarães-Famalicão-Braga, três casas da cultura, respectivamente, Centro Cultural de Vila Flor, Casa das Artes e Theatro Circo, compitam pelo mesmo público alvo. As agendas culturais apesar de só muito raramente repetirem espectáculos, a verdade é que muitas das vezes concorrem para a mesma procura para o mesmo público. Não seria desejável uma articulação de forma a que o público não ficasse privado do seu espectáculo tipo?
Quanto à Capital Europeia da Cultura não posso deixar senão palavras de optimismo e expectativa. O belissimo trabalho desenvolvido pela Edilidade Vimaranense na requalificação do Centro Histórico, na colocação da cidade de Guimarães na Rota do Turismo dá-me garantias de que o evento será um sucesso. Todavia não posso deixar de referenciar que este não é nem pode ser encarada como uma oportunidade para Guimarães, mas para toda a região. No mesmo sentido a Capital é Europeia e os espetáculos, as exposições e os eventos não serão só municipais, regionais ou nacionais.
Se até há poucos anos não havia salas de espectáculo naquilo que ingloriamente os artistas chamam de província hoje a região do Minho dá um sinal claro que respira espaços para cultura, porventura até com mais lugares na plateia do que bundas para sentar.
Nota: a requalificação do Centro Histórico vem de antes de ir para a Câmara o actual presidente...
Concordo com o Luís. Penso que as mentalidade estão a mudar no que toca à cultura.
Quanto à agilização das ofertas culturais, já não posso concordar. Estes polos culturais estão a competir entre si, o que é bom para o público. Chegamos ao mercado da concorrência cultural.
Já percebi que há, da parte do meu interlocutor, um desejo férreo e uma natural tendência para manifestar discordância do trabalho levado a cabo pelo actual Presidente e respetiva maioria. Porque o meu mandato aqui é livre e consciente permitam-me realçar que não referi pessoas, mas tão só a instituição Câmara Municipal de Guimaraes, independentemente de quem a começou ou representou. Mas se uma coisa há que fazer justiça é a de que para o bem ou para o mal a personagem referida é incontornável no desenvolvimento de Guimarães. E a julgar pelos críticos em geral e por este em particular o balanço só pode ser positivo.
Certamente não me fiz entender no que à concorrência diz respeito~e por isso vou tentar explicar melhor. O que queria dizer é que se a programação no CCVF numa sexta-feira é comedia ou Revista em Braga ou em Famalicão deveria ser Jazz ou Teatro de forma a que não se sobreposessem espectáculos pelo seu género. Não faz sentido que nas três casas da cultura no mesmo dia passe o mesmo género artístico.
Sem querer desviar a discussão vou só responder ao Luís Soares.
Concordo. Magalhães já fez muito por Guimarães e é uma personagem incontornável no desenvolvimento da cidade no último século. Na minha opinião é já tempo de mudar, mas isso é outra discussão que não é para aqui chamada.