As palavras - chave são: competitividade, standarts, eficiência, excelência, economia e resultados. Tudo o resto é, simplesmente, um luxo. É a sociedade previsível, chamada de moderna e neoliberal. Os efeitos são o aumento do stress de quem trabalha, da pressão, do quotidiano rotineiro, o caos, a burocracia, a falta de cidadania. As politicas e práticas surgem devido à capacidade que os grupos económicos poderosos, neoliberais, e neoconservadores demonstram na culpabilização dos operários, dos trabalhadores e da massa anónima pelo desemprego, pela suposta perda do conhecimento e de valores e por quase tudo o que está errado na sociedade - a juventude é rasca, dizem! A democracia plena deveria demonstrar que o que pode acontecer quando os actores da sociedade, pais, activistas sociais e outros é uma resposta criativa a todas estas pressões dos politicos "burocrato-administrativos", dos patrões, dos "donos", dos pequeno-burgueses limpos e dos senhores da eficácia. Subitamente, as necessidades da indústria, do comércio, do preço do barril de petróleo são eleitas como objectivos preponderantes da sociedade democrática de hoje. Não surpreende, que a palavra "democracia" esteja a ser ouvida cada vez com mais frequência, mas sem a sua verdadeira aplicação (base através da qual surge o governo de todos nós), por isso o conflito entre os grupos politicos, religiosos e culturais deve favorecer o debate sobre a liberdade de expressão, privacidade, uso dos territórios e estilos de vida e no seio deste "problema", acresce, a noção de democracia, provavelmente, uma função crucial no julgamento de factos e ideias. A mordaça só existe, quando a impaciência nos verga a assumir incompetências, criando fantasmas por todo o lado. A melhor estratégia para combater os falsos democratas, é saber gerir a oportunidade do silêncio.

José Manuel Faria, autor do blogue Ruptura Vizela