7 dias, 7 blogues
25 de Abril de 1974
Convidado que fui para participar, escrevendo, neste blogue decidi escolher como tema o 25 de Abril, na semana que se comemora a efeméride.
Nasci em 1983, bem depois de 1974, e não fora pais, amigos, livros e avós a dizerem de sua própria voz os tempos que antes se viveram sem liberdade, e da revolução, que também eles fizeram, e provavelmente a data festiva passaria incólume na minha consciência. Mas ainda assim, há os que sem pais, amigos, livros e avós para dizerem de sua própria voz, vêm a data passar incólume na sua consciência.
Por ser a liberdade, conquistada, um bem inestimável, e hoje por vezes levada ao extremo, à qual acresceu uma significativa melhoria das condições de vida, e de uma forma generalizada a toda a população, considero que, mais que nunca, é preciso recordar Abril.
Mas recordar Abril não se basta com compêndios de Escola ou com comemorações circunstanciais. Os alemães, ou os Austríacos anteviram na conservação do património nazi, designadamente nos Campos de Concentração a melhor forma de recordar os hediondos crimes praticados, e a melhor forma de nunca mais repetir a história, que os envergonha.
Não consigo, por isso, compreender como não há em Portugal um museu do 25 de Abril, um museu da PIDE/DGS, um museu em que se relembre a falta de liberdade, a falta de igualdade, ou falta de educação, saúde e mesmo alimentos. Não se entenda porém este museu como o que pretendem erigir em Santa Comba Dão, um museu em que se exalta a figura de Salazar e do seu pensamento.
Mais que nunca, hoje, a nossa sociedade coloca-nos novos desafios. Se antes de 1974 o desafio era conquistar a liberdade, hoje é preciso conservá-la e regá-la para que cresça e se aprofunde. E o melhor ponto de partida é perceber como seria viver sem ela, recordando Abril.
Nasci em 1983, bem depois de 1974, e não fora pais, amigos, livros e avós a dizerem de sua própria voz os tempos que antes se viveram sem liberdade, e da revolução, que também eles fizeram, e provavelmente a data festiva passaria incólume na minha consciência. Mas ainda assim, há os que sem pais, amigos, livros e avós para dizerem de sua própria voz, vêm a data passar incólume na sua consciência.
Por ser a liberdade, conquistada, um bem inestimável, e hoje por vezes levada ao extremo, à qual acresceu uma significativa melhoria das condições de vida, e de uma forma generalizada a toda a população, considero que, mais que nunca, é preciso recordar Abril.
Mas recordar Abril não se basta com compêndios de Escola ou com comemorações circunstanciais. Os alemães, ou os Austríacos anteviram na conservação do património nazi, designadamente nos Campos de Concentração a melhor forma de recordar os hediondos crimes praticados, e a melhor forma de nunca mais repetir a história, que os envergonha.
Não consigo, por isso, compreender como não há em Portugal um museu do 25 de Abril, um museu da PIDE/DGS, um museu em que se relembre a falta de liberdade, a falta de igualdade, ou falta de educação, saúde e mesmo alimentos. Não se entenda porém este museu como o que pretendem erigir em Santa Comba Dão, um museu em que se exalta a figura de Salazar e do seu pensamento.
Mais que nunca, hoje, a nossa sociedade coloca-nos novos desafios. Se antes de 1974 o desafio era conquistar a liberdade, hoje é preciso conservá-la e regá-la para que cresça e se aprofunde. E o melhor ponto de partida é perceber como seria viver sem ela, recordando Abril.
Luís Soares, autor do blogue Causas Comuns
Recordar e participar em Abril, sempre!