Braga, a quanto vaticínio me obrigas
Braga, cidade predominante no Minho, é a cidade, não de, mas dos paradoxos. Está no seu orto e crescimento, nos edifícios, nas ruas, nas pedras, em suma: nas suas gentes. Ao longo da História o Minho centrou-se em Braga e Braga descentrou-se no Minho, e continua, presentemente, a auferir deste contraditório.
É no espírito anímico se vinca a particularidade desta terra. Seres conservadores e tradicionalistas que encaram, explicita e implicitamente, o viver bracarense e/ou minhoto como forma de estar e impor. Nos dias que correm, os pensares mais extremos e conservadores ameaçam elevar-se. São tempos de crise, crise de consciência e de material. Profícuo tempo, o de hoje, para, como no passado, em Braga, insurgir uma revolta que desafie a mudança de atitudes e de valores, mas há, nesta terra, sempre quem grite, barafuste e renegue a secular imposição dos ideais e valores.
Os urros já se ouvem, melhor, já se lêem. Basta folhear certos artigos, de certos jornais da Região, de certos indivíduos e colectivos, para sentirmos o ressabiar típico de quem não aprecia as causas humanistas e desconfie do progresso e desenvolvimento inerente à equidade e liberdade. Assentes que estão na liturgia e nos ditames do conservadorismo, rebelam-se contra as correntes da mudança de qualquer ideal ou atitude que desafie o que nos está imposto.
Braga, sítio do contraditório, irá perdurar. Os que a desafiam são aqueles que a querem preservar como esteve e como está. O apre do odor a incenso empesta as suas palavras e o conservadorismo bafiento as suas atitudes. O definhamento anímico sempre esteve ligado ao situacionismo. Rompei as "amarras" e gritai, porque o tempo do insurreição conservadora está a chegar.
Texto de Marco Gomes
É no espírito anímico se vinca a particularidade desta terra. Seres conservadores e tradicionalistas que encaram, explicita e implicitamente, o viver bracarense e/ou minhoto como forma de estar e impor. Nos dias que correm, os pensares mais extremos e conservadores ameaçam elevar-se. São tempos de crise, crise de consciência e de material. Profícuo tempo, o de hoje, para, como no passado, em Braga, insurgir uma revolta que desafie a mudança de atitudes e de valores, mas há, nesta terra, sempre quem grite, barafuste e renegue a secular imposição dos ideais e valores.
Os urros já se ouvem, melhor, já se lêem. Basta folhear certos artigos, de certos jornais da Região, de certos indivíduos e colectivos, para sentirmos o ressabiar típico de quem não aprecia as causas humanistas e desconfie do progresso e desenvolvimento inerente à equidade e liberdade. Assentes que estão na liturgia e nos ditames do conservadorismo, rebelam-se contra as correntes da mudança de qualquer ideal ou atitude que desafie o que nos está imposto.
Braga, sítio do contraditório, irá perdurar. Os que a desafiam são aqueles que a querem preservar como esteve e como está. O apre do odor a incenso empesta as suas palavras e o conservadorismo bafiento as suas atitudes. O definhamento anímico sempre esteve ligado ao situacionismo. Rompei as "amarras" e gritai, porque o tempo do insurreição conservadora está a chegar.
Texto de Marco Gomes
Excelente interpretação!!
Já tive a oportunidade de felicitar por este excelente texto. Muito bom!
Não achas que os estudantes de Braga são uma pedrada no charco nesse conservadorismo? Até porque muitos deles vêm de fora de Braga.
Provavelmente, sim.
É uma outra geração, mais "liberta".
Contudo, mesmo nos meios de comunicação "intra-escola", como no caso da UM, os seus periódicos informativos focam muito Braga e o seu concelho, desfocando as outras partes constituintes do distrito.
Mas o problema do conservadorismo é a situação actual de quem nos governa e de quem escreve nos jornais regionais. Basta ler, os artigos de opinião do DM, para visualizáramos que existe uma presente "herança" conservadora e ultra-católica.
Salvam-se os espaços de opinião bracarenses, como o Fontes, estes sim, dão uma pedrada no charco.