Os triângulos amorosos de Turgeniev e o facto de eu ter duas colegas de trabalho tão boas que até dói
Se eu fosse um mariquinhas diria que estou bastante adoentado. No Sábado passado, ao fazer mais um dos meus brilhantes cortes defensivos, dei um malho que só visto e ainda consegui mandar um polícia pó chamado maneta - não, não há assim tanta violência nos jogos em que eu intervenho, o gajo é mesmo polícia, daqueles com bigode e tudo -. Bom, no fundo, 'tou todo fodido do cu. Eu sei, não é coisa bonita de se dizer - se bem que nos dias que correm as pessoas vão aceitando com naturalidade estas afirmações - mas é a verdade. Movimento-me mal. Melhor, movimento-me ainda pior. Tudo isto é irrelevante para vocês, caros leitores. Mas para mim, como devem calcular, não. E este blogue também é meu e por isso escrevo o que me apetecer. E se eu quiser escrevo aqui sobre, por exemplo, o facto de este ano já ter mandado duas escovas de dentes pó galheiro. Porquê? Não digo! Vêem, só faço o que quero. E só escrevo sobre o que quero. Bom, fiz uma prévia referência a duas miúdas que trabalham comigo (bouuuuas, que só visto), lembram-se? Está no título. Ora, hoje, derivado da minha lesão - man, adoro o pessoal que diz "ah e tal foi derivado de informações"/ ou "foi derivado da minha situação", adoro mesmo esta gente, que temos por hábito apelidar de... como é, mesmo... huuummm, huuumm, ... ah, ok, já sei, parolos analfabetos, porque há também os parolos com elevado grau de literacia, como por exemplo o... não me lembro, mas há. Ia dizer o Goucha, mas lá por o gajo ir a Viena assistir à opereta do caralho que o foda não faz dele gente formada, já as gravatas fazem dele gente parola - não fui trabalhar, logo não vi as minhas duas amigas novas. É pena, mas amanhã lá estarei pronto para a chamada luta. Na lama, exacto. Aposto que também estavam a pensar nisso, certo? Falando agora do que realmente eu queria falar. Agora, lá no trabalho, somos convidados a declarar cada passo que damos. No início da semana, é de bom tom preencher um calendário no PC para planearmos a nossa vidinha. Como devem calcular, mando-os foder. O formador (Dr. Pedro-eu-é-papo-gajas-e-faço-negócios-como-o-caralho-e-já-trabal
hei-na-sonae-só-não-digo-que-foi-como-vendedor-da-optimus) é o gajo que tem estas ideias. Mando-o foder, também. Já fiz planos, mas não sou bom nisso. Lembro-me que no estágio cheguei a entregar uma folha onde descrevia também as actividades pós-laborais. Foi só pó gozo. A orientadora não percebeu. Foi preciso explicar ao supervisor. Ele também não percebeu. E eu quase que me fodi. Agora ando a fazer outro plano, e chateia-me. Planear é a arte de mentir no papel. É arte de dominar o futuro. Ora, isso não existe. Vou inventar quase tudo. Planear é enfeitar o vazio, é terraplenar o relevo. Há coisas em alto relevo de pequena importância, mas o baixo relevo de outras coisas não lhes tira relevância. Não percebem? Arranjem uma arquitecta boa e façam pela vida. E já avisei lá no trabalho: "Fodam-me o juízo e solto o bastonário*"!
*não, não sou ad-vogado. Mas tem piada o Marinho!