Frase da Semana
Longe de mim querer passar por Michael Moore, mas há merdas que me metem um nojo que nem imaginam...
Sem título
Onde te escondes braga?
Na rua da sé, nos recantos da cividade,
Entre gente minhota, e povo de lá do Marão,
nos jardins de santa bárbara floridos com ordeiros beatos
ou no verão da minha saudade?
Eu queria era ver-te mulher,
Possuir-te nas entradas orvalhadas dos meus sonhos
Repetir o teu nome em sussurros de verdade escondida
Nos meus dedos que te tocam
Onde te escondes braga?
Naquela universidade, naquela igreja,
No dia nascente da colina do bom Jesus, ou no escuro
Destes bairros apodrecidos pela mão dura e pela pedra
Ou no inverno das horas passadas?
Eu queria era ver-te assim despida,
Lavar a cara com a espuma do rio e recordar
na memória dos teus olhos a doçura do paladar,
entranhando-me do teu perfume.
Texto de Fernando Pessoa
Rivalidade
Já escrevi que o norte só será capaz de se desenvolver e de se tornar uma região económica e socialmente atractiva, quando quebrar com as rivalidades próprias de um bairrismo retrógrado. O Concelho de Guimarães não tem que “rivalizar”, com o de Braga. A inteligência dos nossos agentes políticos ver-se-á na capacidade destes apontarem estratégias de complementaridade, entre si, e não estratégias de concorrência.
Por serem cidades completamente diferentes Braga e Guimarães são o complemento prefeito para formarem uma grande metrópole. Braga é hoje uma grande cidade de serviços, comércio, escritórios. Ao invés Guimarães é uma cidade de Lazer, em fase de readaptação do seu tecido económico e produtivo até agora assente na mão-de-obra intensiva e barata. Neste sentido, projectos como a Universidade do Minho, repartidos por ambas as cidades, são um bom exemplo de que a cooperação tem sucesso garantido. Hoje muitos jovens afluíram a estas cidades, e contribuem para um mimetismo das rivalidades latentes.
Como minhoto sinto pena que estes projectos não se tenham reproduzido, a outros domínios, principalmente ao do projecto político e administrativo da divisão do território. Está bom de ver que as GAM’s não funcionam e que o NÃO há regionalização de 1998 foi mais um factor contra o desenvolvimento das Regiões e do norte em particular. No entanto, não basta dividir o território. É preciso dotá-lo de competências, e de meios para efectivar as competências. Assim o espero!
Braga, a quanto vaticínio me obrigas
É no espírito anímico se vinca a particularidade desta terra. Seres conservadores e tradicionalistas que encaram, explicita e implicitamente, o viver bracarense e/ou minhoto como forma de estar e impor. Nos dias que correm, os pensares mais extremos e conservadores ameaçam elevar-se. São tempos de crise, crise de consciência e de material. Profícuo tempo, o de hoje, para, como no passado, em Braga, insurgir uma revolta que desafie a mudança de atitudes e de valores, mas há, nesta terra, sempre quem grite, barafuste e renegue a secular imposição dos ideais e valores.
Os urros já se ouvem, melhor, já se lêem. Basta folhear certos artigos, de certos jornais da Região, de certos indivíduos e colectivos, para sentirmos o ressabiar típico de quem não aprecia as causas humanistas e desconfie do progresso e desenvolvimento inerente à equidade e liberdade. Assentes que estão na liturgia e nos ditames do conservadorismo, rebelam-se contra as correntes da mudança de qualquer ideal ou atitude que desafie o que nos está imposto.
Braga, sítio do contraditório, irá perdurar. Os que a desafiam são aqueles que a querem preservar como esteve e como está. O apre do odor a incenso empesta as suas palavras e o conservadorismo bafiento as suas atitudes. O definhamento anímico sempre esteve ligado ao situacionismo. Rompei as "amarras" e gritai, porque o tempo do insurreição conservadora está a chegar.
Texto de Marco Gomes
Fontes do Ídolo nas ruas
Bruno, está resolvido o mistério...
Portanto, amigos, não me alongarei mais. Deixo-vos apenas esta reflexão.
(muito, muito, muito tempo depois...)
Portanto,
*A citação não está ipsis verbis, estão a ouvir, ó puristas de merda. É que o meu cérebro está formatado para apenas decorar a constituição inicial do Sporting desde de mil nove oitenta e oito.
Here Kitty Kitty...
Olhar sobre Braga
Se eu te dissesse que acredito no destino, que me responderias? Não gosto de afirmá-lo assim porque sei que, por esta altura, o significado corrente desta palavra anda pelas ruas da amargura. Pensa mais num esquema gigantesco em que tudo acontece por uma razão lógica, resultado de todas as nossas acções. Se tudo tem uma razão de existir, um significado faz sentido pensar nos detalhes, nos pormenores, nos mais pequenos e insignificantes acontecimentos e mesmo na sorte, como uma parte do jogo. Olha o nosso caso. Ainda me lembro, e como me aperta o coração recordar, da última tarde antes de te conhecer. Sentado no chão do quarto que me vira crescer fixei a cama submersa de roupa, de tal forma que não distinguia a cor do lençol. Aquele olhar fixo para não juntar as pálpebras, sabes? O dia aguardado tinha chegado rápido demais. Assustado e invadido de dúvidas, pensava se o que estava prestes a acontecer fazia sentido, se tinha sido a melhor opção. As lágrimas que a minha mãe escondia para me tentar entusiasmar, a quantidade de tralha que levava comigo, a tristeza de partir. Abandonar a casa dos pais. Não sei porque te escolhi, se te tinha visto uma vez quando ainda não tinha idade para me lembrar foi muito. Ainda hoje, quando confrontado, não consigo apresentar um motivo convincente.
A verdade é que cheguei, sozinho, e não me desiludiste. Admito que seja fácil entusiasmarmos por ti, tu facilitas. No início, durante aquela lua-de-mel, só conseguia pensar que encontrei a minha perfeição. Tudo o que via em ti fazia sentido, completava-me. Os fins-de-semana deixaram de ser ponto de retorno à casa partida, pois a tua companhia era mais apetecível. Desigualaste a luta e aniquilaste a competição. Passaste a ser o meu eixo de gravitação, negligenciei tudo o resto. Ilusão de quem se apaixona. Aqui entre nós, confesso as saudades do que sentia nessa altura, da vontade, do querer. Acho que ficámos cegos. Nada mais ao nosso redor interessava. Como era bom pensar que nos bastávamos um ao outro. Gostava de voltar a senti-lo. A intensidade, o fervor, a alegria. Era tudo tão novo, tão diferente.
E sem aviso prévio, surgem os primeiros defeitos no mar de virtudes. Isto não me agrada. Não eras assim. Mudaste. Quando na verdade o que mudou foi a lente. Dizem que não existe realidade, que é um processo de percepção subjectiva. O estímulo é sempre o mesmo, a nossa forma de o interpretar é que muda consoante as nossas experiências e expectativas. Subscrevo. E assim morreu a beleza da perfeição, a fantasia. Nasceram as dúvidas, perdeste o lugar de única, desenharam-se alternativas, porque afinal já não és a resposta, mas sim a fonte dos meus problemas. Sei que também sentiste o vento da mudança. E então que fazemos? Abandonar o barco nunca fez o meu género, maior parte das vezes por teimosia. Acho que desperdiçar tudo o que vivemos até agora não faz muito sentido, até porque recomeçar é um processo manhoso e para o qual já não tenho paciência. Tens os teus defeitos. Agora já os conheço. Podes ter a certeza que vou continuar a tentar mudá-los, mas terei que me habituar a viver com eles. Sei que a tua ausência magoa-me e a tua rudeza entristece-me. Gosto de descansar em ti e sentir o teu silêncio. Reconheço as tuas avenidas, sei o que me espera quando dobro uma esquina, já palmilhei as tuas ruas, escondi-me nos teus becos. Andei por ti sem sentido, à procura de algo que sempre soubeste oferecer. Foste sempre tu, nos bons e nos maus momentos. Partilhas-te as minhas maiores conquistas e derrotas. Reconheço de olhos fechados as tuas paredes, os teus cheiros. Adoro contemplar-te de um lugar alto que não deixa de ser teu. Serás sempre lindíssima, tanto húmida pela chuva, como seca pelo calor.
Aprendizagem, choque, adaptação, diferenças ou simplesmente namoro, chama-lhe o que quiseres. Mas a nossa relação é assim, uma descoberta, um desafio. Já não somos inocentes como quando começámos, sabemos que nenhum de nós é perfeito. Já não sentimos o arrebatamento. Tudo se transformou em hábito,
sugestão cultural
se os leitores deste blogue forem minimamente parecidos comigo a sugestão cultural resume-se a procurar um lugar fresco e dormir o fds todo :) brincadeirinha! tb durmo na praia :)
para os leitores para quem praia durante o dia e uma esplanada fresca para a noite não agrada, inicia hoje o Mimarte que se prolonga até ao próximo dia 6 de Julho.
amanhã, no teatro s.mamede, temos Funky fever (soul funk disco) que me parece bastante apetecível!
Tema quente na Assembleia Municipal de amanhã
Recomendo o Blogue
George Lucas defende internet gratuita
Quase Humor
E esta flor de quatro patas, Dr. Etcétera? (2)
MOTIVOS NÃO FALTAM...
Texto de Sérgio Gonçalves
Eia k'ganda cena (17)
Recomendo
"um blogue que pretende dar voz a diferentes formas de lembrar, de evocar e de interpretar o passado, recorrendo a leituras contemporâneas da história e da memória."
Estilo
Braga, Cidade Grande
O cinema de diversão norte-americano, por vezes com obras-primas, “Silêncio dos Inocentes”, filme desconcertante que punha os espectadores a discutir no intervalo, a “coisa”, exemplo que só assisti em Crash. Acontecia na Avenida.
Avenida da Liberdade.
Teatro Circo do Cinema a sério à semana sem espectadores no horário das 17:30h, de Manoel de Oliveira, João César Monteiro ou Todd Haynes, inesquecível.
Braga do futebol, como era bom e bonito assistir ao Belém no 28 de Maio, poucos, mas bons. Sem guerras ou rivalidades pequenas. Num campeonato de 86/87, quinta vitória seguida e um Belém bracarense subia com uma enorme bandeira da Cruz de Cristo na Avenida. Lindo.
Tristezas e sofrimento durante meses no Hospital S.Marcos. Onde fui muito bem (quase todos, e muito mal tratado, poucos), onde cheguei a ver o fundo do túnel e ressuscitei ao 3º dia. E aqui estou.
Braga cidade onde trabalhei e recordarei os bons e maus momentos duma vida que espero se prolongue onde os limites serão aqueles que o nosso Deus quiser.
Texto de José Manuel Faria
Frase da Semana
José Saramago, em entrevista ao programa "Diga Lá Excelência".
As ruas de Braga à noite
Se alguém souber algo sobre este tema gostaria que me elucidassem uma vez que é cada vez mais frequente esta "classe" nas ruas de Braga.
Fim de Emissão
Com imagem de Rosa Veloso, os enviados especiais do Fontes em Tierras de Guimarães...
Intervalo para Jantar!!
Nem todos foram embora
Na fila da frente do Congresso está:
Marco António Não Pára...
Ângelo Correia a inovar!!
Guarda no púlpito
Fala agora o Presidente da Câmara da Guarda, que afirma ser a cidade mais alta de Portugal.
Pede a Ferreira Leite para não se esquecer do Interior.
E eu acrescento, não exclua os mais altos...
O mais temido neste congresso
é o degrau ao nosso lado, provocou uma série "deslizes" políticos.
Não vale Rir!!
Zé Beto cita Martin Luther King!!
"Não me incomoda o grito dos, maus, dos corruptos, dos sem ética, incomoda-me o silêncio dos bons, dos portugueses"
Depois de invocar a memória do Sr. Santos, parece-me bem.
Ângelo Correia chama Jorge Nuno para o palanque. Parece que já não está.
Realmente, depois do Zé Beto, nada como ouvir Pinto da Costa a falar...
Ordem na confusão!!
O palco agora é de...
Segue-se Assunção Esteves.
As bancadas esvaziam-se, é tempo de um café.
Uma senhora, talvez ainda afectada pelo anterior discurso de Fernando Costa, caiu aqui ao nosso lado.
Combinam-se jantares, aproveita-se para descomprimir.
Só 2 pessoas aplaudem o discurso da Assunção Esteves...
Coisas de um Partido Grande
Fernado Costa (que já se calava...) afirma que, antes da sua candidatura a líder do partido, nunca tinha ouvido falar de Pedro Passos Coelho.
Se calhar é daqueles que diz que ele deve ser muito novo...
O tempo é de Fernando Costa
Um ilustre desconhecido pediu dois minutos e treze segundos
A sua preocupação é elevar a inovação.
Marco António é o senhor que se segue
Agora no palanque: Ricardo Rio
Ambiente na Sala
Rui Rio no Púlpito
Encontra-se neste momento a discursar o presidente da câmara do Porto.
Fortes ataques e críticas ao Sistema judicial e ás politicas socialistas.
Começou a sua intervenção cumprimentando a nova líder do PSD, que apoiou clara e fortemente
Sugestão Cultural
Para quem tem o privilégio de ter o chamado “horário das 9 às 5”, ainda poderá ir a tempo de assistir à Sessão de Poesia de comemoração do 120º aniversário de Fernando Pessoa, na livraria Centésima Página, pelas 18h. Poemas, cartas e contos de Fernando Pessoa e dos seus heterónimos Álvaro de Campos e Alberto Caeiro estarão à espera de ouvidos que desejem inaugurar de forma poética um fim-de-semana que se adivinha calidamente inundado pelo sol.
No mesmo local, poderá ainda aproveitar para ver a exposição de trabalhos de vários artistas plásticos.
Após um belo jantar, temperado com boa(s) companhia(s), porque não continuar a despertar os sentidos, no Espaço Cultural Pedro Remy, sob os ritmos do jazz, com o Quinteto Sara Serpa? (22h)
Sábado, dia 21
As pessoas que estão a saborear o momento de ter um bebé na família, entre os 0 e os 48 meses, poderão participar no Workshop “Orientações musicais: música para uma plateia de palmo e meio”, a realizar na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, a partir das 10h. Esta iniciativa tem como objectivo implementar e dinamizar actividades musicais de carácter interdisciplinar, potenciando a interacção da música com o movimento e a linguagem.
Para miúdos que já ultrapassaram largamente o palmo e meio e graúdos que apreciem artesanato, realizar-se-á, na Praça Mouzinho de Albuquerque (Campo Novo), entre as 10h30 e as 19h uma Feira de Artesanato Urbano.
Olga Roriz e Companhia prometem o “Inferno” a quem se dirigir ao Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, pelas 22h. Será a estreia nacional de um musical, em que a dança é assumida como uma forma privilegiada de expressão. Anuncia-se “um espaço de libertação e tranquilidade incontida que predispõe ao arrebatamento” e onde, contradizendo o título, o pecado não é punido.
Para os que preferem envolver-se nas cadências do fado, a guitarra portuguesa e a voz de Camané soarão no São Mamede, Centro de Artes e Espectáculos da mesma cidade.
Se o seu espírito estiver mais voltado para a gargalhada fácil, estará em cena, nos dias 20 e 21, pelas 21h30, no grande auditório da Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, a comédia “Os Melhores Sketches dos Monty Python”. António Feio, Bruno Nogueira, Jorge Mourato, José Pedro Gomes e Miguel Guilherme “prestam a devida homenagem aos génios que lhes ensinaram boa parte daquilo que sabem sobre comédia”, “numa sucessão imparável de sketches clássicos dos Monty Python”, adaptados por Nuno Markl.
Em plena época dos santos populares, existe também a possibilidade de descer a Avenida da Liberdade e deixar-se envolver pelo espírito S. Joanino…
Domingo, dia 22
Será o último dia de apresentação da peça “Os Lusíadas”, pela Companhia de Teatro de Braga, no pequeno auditório do Theatro Circo (dias 20, 21 e 22 / 21h30).
Um bom livro e as ondas de um mar azul a riscarem a linha do horizonte poderão propiciar um excelente dia…
Braga – Uma Aldeia Grande
A conhecida expressão"mais velho que a Sé de Braga" permite-nos identificar os dois principais traços identitários que sobressaem da análise monográfica. a "velha, muito considerada e antiquíssima cidade de Braga" é, primeiro que tudo, representada como uma cidade histórica. a omnipresente vetustez bracarense apresenta-se como o paradigma da antiguidade portuguesa(...) Por outro lado, é uma cidade histórica marcada pela religiosidade desde que em meados do século XI se tornou a terra dos arcebispos, denominados "Senhores de Braga"
Mas a Braga que, nos princípios da última metade do século XIX era uma cidade provinciana, praticamente isolada, sofreu, por essa altura, o abanão do progresso. As estradas que a puseram em contacto com o Alto Minho, o litoral nortenho, as cidades transmontanas e o Porto desenvolveram subitamente o comércio e a indústria, difundindo assim uma nova imagem da cidade que vai ganhando terreno à imagem da cidade histórica e religiosa. Este confronto de imagens é também um confronto entre velhos e novos símbolos em que os primeiros vão perdendo visibilidade em relação aos segundos. A evolução recente de Braga revela, aliás, que não há modernização urbana sem a imposição de novas marcas simbólicas. (...) A Braga moderna, comercial e industrial, é simbolicamente representada pelos têxteis, as confecções e a construção civil (...)e é este crescimento urbano que se constitui como um dos seus traços identitários mais recentes e marcantes.
...uma das imagens mais negativas da cidade resulta deste crescimento urbano recente. Outra imagem negativa da cidade presente nas monografias históricas advém-lhe das características dos seus habitantes, algumas vezes acusados de se consagrarem excessivamente ao luxo e às suas vidas privadas e de não serem coesos nem se identificarem à cidade.
[Carlos Fortuna e Paulo Peixoto]
Contudo, concentrar-me-ei essencialmente na Braga actual.
Na instituição onde estagiei, tinha um terapeuta de Braga que me dizia constantemente: “Braga não é uma cidade, Braga é uma aldeia grande!”
Em parte estou de acordo com ele. Vivi cinco anos em Braga que me foram suficientes para com o meu olhar sociológico observar a estruturação da cidade e os comportamentos sociais dos seus habitantes. Senão vejamos: embora Braga tenha assistido a uma urbanização recente, essa urbanização parece um tanto ao quanto brusca, repentina, sem ordenamento e sem que as pessoas tenham tido tempo para adaptar-se convenientemente à mudança. Muitas pessoas continuam com um modo de vida pouco citadino. Em Braga as pessoas conhecem-se, ainda estabelecem relações de vizinhança e de familiaridade. Observava isso quando passava nas ruas, pelas casas, observava isso nas paragens de autocarro e nas minhas digressões nos próprios autocarros. As pessoas metem conversa nos autocarros, falam de si e das suas vidas, dos momentos agradáveis e desagradáveis. Talvez e parte se deva à religiosidade ainda muito incutida nos habitantes desta cidade, levando a que existam estas relações de proximidade.
Contudo, denote-se que este tipo de comportamentos é quase inexistente em cidades como Lisboa, Porto e outras, onde predominam relações de superficialidade e distanciamento. Braga é, assim, uma cidade acolhedora, agradável de se viver! Poder-se-á dizer que há em Braga uma sociabilidade afinitária/electiva, ou seja, uma sociabilidade voluntária em que as pessoas se relacionam com afinidade.
Por um lado, estamos perante uma classe intelectual e mesmo abastada que vivem em casas de luxo. Por outro, Braga é caracterizada por ser uma cidade de ciganos que, não raro, vivem em condições de extrema precariedade e ostracismo, e toxicodependentes em condições de vida também elas precárias e degradantes.
Destacaria ainda o seguinte como acima citado: os bracarenses são algumas vezes acusados de se consagrarem excessivamente ao luxo e às suas vidas privadas e de não serem coesos nem se identificarem à cidade. Vê-se isto em relação à cidade e se calhar em relação ao clube de futebol. Os bracarenses querem ser urbanos à pressa perdendo assim uma espécie de bairrismo que poderia tornar a cidade mais coesa assim como aos seus habitantes.
Por estas e por outras, Braga é uma aldeia grande!
Olhares sobre Braga: um último esclarecimento
Viagem de Estudo!!! ( Ou) " O Fontes no Congresso!!!
Pensar Jovem, Pensar Portugal
O programa definido abrange diferentes áreas e temas, tais como: Tratado de Lisboa; Educação, formação e Emprego; Empreendedorismo, tendo como finalidade promover a formação política e cívica dos jovens.
Toda a informação relativa a esta iniciativa poderá ser consultada em Geração Braga 2009.
Pessoalmente considero esta uma iniciativa de bastante qualidade, quer pelo modelo escolhido, quer pelas temáticas, quer pelos intervenientes. Resulta numa forma de envolver política e civicamente os jovens, motivo pelo qual apelo à participação dos leitores do Fontes.
Nota: esta iniciativa é da JSD, a qual eu integro, mas não é apenas para a JSD!
Quando o futebol respeita a sua própria lógica, os melhores ganham
Placard Informativo - A não perder
Em relação aos textos sobre Braga
Funambular exercício de narcisismo
P.S.- BMM, quando te liguei ainda tentei dizer-te (não sei se te apercebeste) que não tinha atendido o telemóvel porque estava na faculdade, mas tu mudaste logo de assunto...
Desabafo
Parece que estamos numa espécie de silly season atípica.
Vamos comemorar?
O Zé foi censurado
Barack Obama cartoon
lamento do dia e já agora da semana tb
A Quinta dos Órfãos está a dar que falar
O Colégio de S. Caetano foi literalmente enganado nos polémicos negócios que envolvem várias construtoras de Braga. No negócio de maior dimensão, que beneficia três empresas, foram incluídos bens que, na altura, já se encontravam penhorados pelas finanças e que acabaram por ser vendidos em hasta pública.
Via Diário do Minho
Segundo o jornal minhoto todos ganharam, menos o Colégio que loteou o terreno (recomendo a leitura integral da notícia).
Constatação
Penso que ontem ficamos esclarecidos, há alguém (Hélder Postiga) que ainda falha mais golos que o Nuno Gomes!
Frase da Semana
Amanhã temos buzinão
A ver se eu captei as vibrações do fã da Nossa Srª do Caravaggio
Miguel
Ricardo Carvalho
Bruno Alves
Paulo Ferreira
Veloso
Meireles
Deco
Ronaldo
Quaresma
Postiga
Divinização do humano e humanização do divino...
Não vou aproveitar para recordá-lo como exemplo paradigmático do alto reconhecimento post mortem, nem como autor de belos sonetos, vilancetes, odes ou elegias. Tampouco vou centrar-me no facto de ter sido o único poeta português a dar corpo a uma epopeia nacional, celebradora dos “peitos ilustres lusitanos”, que cobrem de heroísmo e tenacidade o nosso passado histórico.
Vou deter-me naquele que é, a meu a ver, um dos aspectos mais fascinantes e significativos d’ Os Lusíadas: a superiorização de Vasco da Gama ao próprio Cristo! Na verdade, este é um aspecto escassamente conhecido, apesar da extrema relevância que adquire, não só no universo da obra, como também no contexto social e cultural da época.
É no canto IV, estância 80, que Camões dá a mais elevada expressão ao ideal renascentista de concepção do “Homem como a medida de todas as coisas”. De facto, um apoteótico evidenciar da passagem da mentalidade teocêntrica medieval, à visão antropocêntrica do mundo, fundada na crença optimista nas capacidades e no valor do ser humano.É no último verso que se consuma a inequívoca superiorização do capitão da armada portuguesa a Cristo, através da seguinte afirmação: “Por vós, ó Rei, o espírito e carne é pronta.” Neste contexto, a predisposição de Vasco da Gama para aceitar o sofrimento é, então, superior à disponibilidade manifestada por Cristo, no Monte das Oliveiras, quando, segundo S. Marcos, pronunciou: “O espírito está pronto, mas a carne é fraca.” Vasco da Gama assume-se totalmente disponível, no corpo e no espírito, para aceitar o sacrifício da sua vida, em nome da pátria, ao contrário de Cristo, que denota um humano e pouco divino apego ao universo terreno…
30.000 visitas? Ai é? Então, pega lá uma iniciativa toda jeitosa
Sugestão Cultural para o Fim de Semana...
- Absolutamente a não perder já hoje sexta feira!! A dupla Booka Shade, com warm up de Miguel Rendeiro e follow up de Richard Jay (Credo, tanta coisa...). Pena ser naquela casa restaurada com uma sala a que chamam pista de dança chamada Pedra do Couto.
- Em alternativa, Pete "tha Zouk" no Porto, mais concretamente no Act. Para quem conhece o estilo e o tipo, já sabe que "é aquilo e dali não sai". Para mim chega e sobra...
Ich bin ein "Irishiner"
"Há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não"
Por ser europeísta, tenho de reconhecer que este resultado me agrada. Tenho pena que este Tratado não seja aplicado, mas tenho uma muito maior alegria por ver a democracia de boa saúde, é pena é ser longe...
Placard Informativo - Sempre a somar
Os portugueses vibram com o futebol
O que diz o artigo 290.º do Código Penal?
1 - Quem atentar contra a segurança de transporte rodoviário:
a) Destruindo, suprimindo, danificando ou tornando não utilizável via de comunicação, material circulante, obra de arte, instalação ou sinalização;
b) Colocando obstáculo ao funcionamento ou à circulação;
c) Dando falso aviso ou sinal; ou
d) Praticando acto do qual possa resultar desastre;
é punido com pena de prisão de um a cinco anos.
2 - Se, através da conduta referida no número anterior, o agente criar perigo para a vida ou para a integridade física de outrem, ou para bens patrimoniais alheios de valor elevado, é punido com pena de prisão de dois a oito anos.
3 - Se o perigo referido no número anterior for criado por negligência, o agente é punido com pena de prisão de um a cinco anos.
4 - Se a conduta referida no n.º 1 for praticada por negligência, o agente é punido com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa.
Não é futebol nem greves
Ponho o dvd, começamos mal, é daqueles filmes que me deixa enjoada com a câmara aos tombos, é um estilo pensei eu, pode ser interessante...e continuou... e continuou...
história é pouca ou mesmo nenhuma, terror não há! Monstros e monstrinhos, carros desfeitos e um romance! Para ver romances, vejo os que dão domingo à tarde com a Julia Roberts e fico muito bem...
Além das muitas falhas neste projecto, uma câmara de filmar caseira não dá assim para tantas horas de filme!!
ah... não gostei do filme, caso não tenham reparado...
Maneirista por excelência, esta é uma das composições poéticas camonianas rasgadas pela intemporalidade.
O conceito de mundo desconcertado, neste poema associado ao tema da mudança, dá-nos conta de uma mundividência surpreendentemente actual.
De facto, a visão de um mundo contraditório e problemático, dominado pela ânsia de negar-se e refazer-se, parece perpetuada.
11/6/08 12:25 PM