E agora?
O circo acabou.
Assistimos à pior campanha eleitoral de sempre. O PS limitou-se a prometer mais do mesmo e a insultar o PSD. Este último pouco disse de interessante. O Bloco propôs algumas medidas. A CDU reproduziu a já rompida cassete. O PP voltou às feiras e avançou com medidas pouco populares.
E agora? Quem vai ficar com o poleiro? Haverá algum tipo de maioria?
José Sócrates é um animal de palco. Repete vezes sem conta o mesmo discurso, cativando o eleitorado pela forma e não pelo conteúdo. Nos debates televisivos, repetiu sempre o mesmo discurso sem propor o que quer que fosse e defendeu-se com o passado.
Manuel Ferreira Leite não teve pedalada, sendo mais low profile. Não quis comícios e evitou as multidões. Foi a que mais propôs e soube fazer um mea culpa no PEC. Foi traída por Cavaco que devia ter esclarecido o país, deixando, deste modo, uma suspeita no ar que desfavorece o PSD e beneficia o PS.
Francisco Louçã foi mais moderado do que se esperava. Atacou pouco e virou as suas propostas para as nacionalizações (medidas de esquerda - ao contrário do PS).
Jerónimo de Sousa foi igual a si próprio. Virou as agulhas ao PS, foi claro quando rejeitou qualquer possibilidade de coligação com o PS (ao contrário do BE) e fez as propostas do costume.
Paulo Portas voltou às feiras e centrou as suas propostas na segurança, agricultura e rendimento mínimo. Pode ter ganho aí muitos votos. Ninguém abordou essas questões como ele. Ganhou quase todos os debates televisivos.
O PS vai ganhar porque o PSD não conseguiu provar ser uma alternativa credível. Mas a maioria PS é uma miragem. Duvido que o PS cative algum partido a coligar-se com ele. O BE tem uma margem mais ou menos confortável para ser a terceira força política, mas o PP poderá ser uma surpresa, já que as sondagens não costumam reflectir as reais intenções de voto do eleitorado.
Até domingo...
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