Rui Nunes, Presidente da Associação Portuguesa de Bioética, colocou o dedo na ferida. Em alto e bom som defendeu a legalização imediata do Testamento Vital - a recusa do indivíduo a ser submetido a tratamentos inúteis - e quer um referendo sobre a eutanásia. Tem o mérito de trazer estes temas de volta à discussão. Eu também defendo o mesmo. Agora que a sociedade discuta.
De que vive o emplastro, alguém sabe?
Voltou a ser tema de conversa o casamento entre homossexuais. O "timming" é interessante, sem dúvida, tal como foi no passado. Acho que se desta vez voltar a dar em nada, o mínimo da decência seria não o utilizar novamente...
Sou a favor do casamento entre homossexuais. Falo apenas em termos sociais, uma vez que desconheço os termos legais. E acho que não deve existir referendo. Entendo que introduzirá mudanças sociais mais do que necessárias, isto apesar de a população portuguesa aparentemente ainda não estar preparada para elas. Se estivessemos a discutir o casamento pela igreja, acho que os fiéis deveriam ser auscultados; estando a discutir o casamento civil, considero que não. O Estado deve ser isento destas questões, ou pelo menos assegurar o direito individual acima da crença religiosa comum...
Uma alteração desta natureza nunca será imediata, simples ou fácil. Haverá sempre lugar contestação, repúdio e discriminação, sendo que a existência de um referendo permitiria legitimar mais facilmente esta medida mas para voltar a esperar 10 anos...
Ontem realizou-se mais uma Assembleia Municipal do nosso distinto Concelho! Mais um hino à democracia como devem calcular... O presidente assiste a metade, levanta-se a meio de intervenções de que não gosta e coisas afim...
No final oiço um cidadão que pediu para falar: o que me chateia é que não jantei para estar aqui e estes tipos ganham não sei quantos para sair a meio.. De facto o presidente chegou tarde e saiu cedo. Que me tivesse apercebido, os restantes partidos e muitos dos deputados do PS respeitaram o momento de intervenção do público e ficaram até ao final, assim como os vereadores da oposição e 3 do PS, julgo eu.
Sempre me impressionou, além da "postura" de Mesquita Machado e de algumas "questões menores" a falta de audiência na Assembleia Municipal. Julgo que metade da população não sabe que tem essa oportunidade de se manifestar; a outra metade da população saberá e não fará caso. Só assim se compreenderá a falta de interesse.
Uma última nota: nas intervenções na Assembleia Municipal vamos assistindo a muitas coisas, algumas com bastante humor, outras com bastante irreverência e ainda outras com bastantes relevância. Normalmente, por estes 3 parâmetros, recomendo as intervenções do Deputado pela Coligação e Presidente da secção de Braga do PSD, João Granja. Ontem foi a vez do João Delgado, deputado pelo BE assinalar uma intervenção digna de registo, incisiva e humorística q.b., uma pena ter estado tão pouca gente para o ouvir...
A partir de agora, o grupo parlamentar do PSD dispõe de um meio que apela à participação dos cidadãos nos debates parlamentares, com este blogue, o partido lança-se na vanguarda do aproveitamento dos meios informáticos e da internet na busca de contributos da sociedade civil.
Apelo a que todos os que tenham algo a dizer sobre os recentes "casos" da educação (desde a avaliação dos professores, até à dinâmica hidráulica de passagens de ano) para participarem e deixarem o contributo.
Não basta o bitaite indiscriminado, é preciso fazer do civismo militância. Oxalá outros partidos lhe sigam o exemplo (se é que já não o fazem, se for esse o caso, as minhas sinceras desculpas).
Bem sei que pelos blogues morre o peixe, como ficou provado pelos processos em tribunal que o sr. PM protagonizou aquando da discussão do seu diploma, mas antes pobre que calado.
Mensagens
