Em tempos felizmente já idos, cohabitavam na praça do município o Sr. Feliz e o Sr. Contente. O epíteto foi-lhes assegurado, em plena refrega eleitoral, pelo então candidato Ricardo Rio. Não me refiro nem a mais nem a menos do que a Mesquita Machado e a Carlos Matos. Ora o voto popular penalizou a postura seguidista do Sr. Contente que quis um dia ser vereador com pelouro e vogal duma empresa municipal. Acontece, que veio à berra um relatório do Tribunal de Contas reclamando contra os excessos remuneratórios deste dueto (falava de mais alguns, mas para já reporto-me só a estes). Logo o Sr. Feliz, como em anterior postagem referi, se apressou a condenar as contas do tribunal que de contas só teria o nome, e dizendo que já pedira um pedido de correcção. Azar dos azares o TC veio a público dizer... nada ter recebido do Sr. Feliz...

No entanto, importa falar do Sr. Contente. Após conferência de imprensa do PSD dando nota do referido relatório, logo se insurgiu contra... Ricardo Rio. De facto, o ilustre economista Bracarense, deveria saber que... o tribunal de contas também se engana (ou não). É que por incrível que pareça, o "demo" foi mesmo Ricardo Rio, os anjos aqueles que somaram apenas mais uns trocos. Ora foi esta postura de Sr. Contente em consonância com o Sr. Feliz que lhe proporcionou, uma vez que é tão doutrinalmente contra as empresas municipais, um feliz descanso longe das "capitalistas selvagens" empresas municipais. Pena é que tenha sido pelo voto popular e não pela coerência doutrinal...

Resta-nos, assim, o Sr. Feliz. Será que em 2009 també irá sorrir para outro lado? Assim o espero.