felizmente, há luar. não tenho culpa que o sttau monteiro tenha pensado o mesmo.
By Anónimo
on segunda-feira, 17 de agosto de 2009
14:29
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não é tempo de indiferenças
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1 Comment
estive a ver o novo sítio do candidato ricardo rio. devo dizer que está bonito. limpinho e asseado, como se quer. uma pessoa que lá vá sente-se a entrar num daqueles empreendimentos fashion. daqueles que têm portas até aos tectos, som ambiente ao ritmo de um bater de palmas e outras coisas assim. sítios onde um t2 custa para cima de 200.000 mil euros. coisa que dá para adquirir uma familiar vivenda geminada em parada de tibães. sinto-me urbanizado ao entrar naquele sítio. e depois aparece dr rio em holograma. bem alimentado. veja-se a foto em cima. holograma. no meu tempo era assim que aquilo se chamava. agora não sei. mas para mim é holograma, ainda. já tive uma loira a dançar no canto direito do meu monitor que também era um holograma. dançava bem. era esguia e solícita. pelos menos eu via-a assim. claro que um indivíduo toldado pela exaltação hormonal vê as coisas um pouco desfocadas. é do suor. e de tudo o que começa a borbulhar no epidídimo. mas voltando ao sítio do futuro presidente. como é que eu sei? foda-se, vou lá agora estar a dar pérolas, não? no sítio aparece-nos ricardo rio. com ar amigável. a abrir os braços quando fala com os bracarenses. o nós deve ser sempre dito de braços abertos. eu sei isto. ricardo rio também. eu, se mandasse (nunca mandarei, não, calai-vos, escusais de pedir!), não compraria submarinos, nem faria autoestradas por 1.100 milhões de euros. a não ser que o meu pai fosse convidado para chairman, senhor da cadeira em português, da mota-engil. o que não se afigura. e tudo isto terá sido explicado. há gente que só lá está para isto. lá, na política. indivíduos que ensinam a sorrir. a pronunciar. a olhar. indivíduos que ensinam a dizer. que o povo ouvinte é burro. passeia-se sem rumo por entre as palmeiras e deixa-se ir na cantilena. dizem eles. que eu bem sei. que já ouvi. ricardo rio terá também tido gente desta. a dizer-lhe. a gravata deve ser esta. dá-te mais uns anos. o fato é melhor ser este. não compromete. eu sei o que isso é. mas sei também ver que não houve tantas preocupações quanto isso. e sei dizer que gosto que assim seja. sabem como quando morre alguém? há sempre aquele merda de perdoar tudo. de esquecer. eu prefiro pensar que a sua morte, dessa pessoa que possa ter morrido, há-de sentir-se, espero eu, como se sentiu a sua vida. e peço apenas isso aos actores do grande palco político. que não busquem purgas aleivosas. claro. é do meu feitio. e tenho esta coisa ruim que me consome. por dentro. mitiga sorrisos e cansa-me o corpo. ainda penso que a política não será bem uma questão de magniloquência sonora mas antes de acústica. e é quase isso que sinto ao ouvir ricardo rio. vamos ali conversar, num sítio onde não haja mourinhos, onde o sucesso seja um pormenor e não uma filosofia. tomaremos um café. pagas tu, etc., que eu estava muito bem até tu chegares. a ver se não me engano. e se não sou forçado a vir contar a história da rã que queria ser um boi.
Até já deixas comentários para agradar às amigas fixes. Qualquer dia deixas de falar de futebol com os teus amigos burros.