Merdas que eu sinceramente não consigo perceber. Mesmo!
By Anónimo
on sexta-feira, 4 de julho de 2008
14:47
, in
literatura de cordel e bordel
,
paciência
,
Rebelo Pinto
,
14 Comments
«Muita gente deteriora esta arte em questão
e quando começa a entrar algum dinheiro
"já está tudo bom!"
"Está tudo bom" o caralho que vos foda
essas baladas de ir ao cú
distorcem esta merda toda»
Mundo
“Estou a falar da miséria e de
todas as suas implicações.”
Juan Rulfo
Começa pela persona na capa. Agora vale tudo? Então, porque não a Cinha Jardim e as putas das suas ricas filhas? Já agora, a Bobone e os seus escritos sobre os novos mos maiorum do social. Sei lá, então, um ZéZé Camarinha e o seu bigode à folião dos anos 70. Porque não? Depois, é o título; "Os livros das pessoas comuns"! Mas eu sou algum extraterrestre? Que caralho quer isto dizer? Pessoas comuns? Quem são então as invulgares? Os leitores do Lobo Antunes? Do José Luís Peixoto? Do Saramago? Do Dinis Machado? Quem são, porra? Anda tudo maluco é o que é! Depois, quem leva com esse epíteto sou eu só porque venho para aqui descaralhar sobre o mundo e afins. Haja o mínimo de decência nesta merda! Mas que puta de foto é aquela? O Roberto Leal emagreceu, mudou de sexo, ficou a escrever pior e merece capa na Ler?!? Foda-se, se é para gozar, goze-se mas é com as opiniões do Guilherme Aguiar. Com os óculos do Seara. Com o cabelo do Diogo Feyo. Agora, gozar comigo? Vai haver bosta! Tenho um primo de 3 anos que aprendeu a fazer traços com lápis de várias cores. No colégio chamam-lhes desenhos. Nós também lhes chamamos desenhos. Ele gosta e chama-lhes desenhos. Vou enviar os rabiscos do puto para a Taschen e exigir a publicação daquela merda, tendo por base comparativa esta edição da Ler que deu capa ao maior natimorto literário da história deste país de defuntos intelectuais. Paciência de monge para aturar estes proxenetas (do latim xulos de merda) da edição!
Não é difícil perceber o que se passa. Neste momento, as hierarquizações dos livros que abarrotam os escaparates das livrarias e que conseguem, pelo menos, preencher as prateleiras e, quiçá, decorar as salas ou escritórios de muitos dos lares portugueses estão completamente desvirtuadas. Como bem assinalou Nicolau Saião (2004), estamos condenados à subserviência ao surgimento de «um epifenómeno: o surgimento da chamada literatura light, género que aliás mostra o seu parentesco com as telenovelas e que encena, de modo ligeiro e aproximativo, as aventuras e desventuras de uma certa pequena e média burguesia urbana ou urbanizada. Ou o surgimento, como autores de ficção, de indivíduos ligados à actividade pública – como políticos e repórteres, por exemplo – e que o marketing logo acarinha devido à sua relativa celebridade e que passam como fogachos num céu de Verão». Estamos efectivamente condenados às transcrições das conversas de café, das tertúlias cor-de-rosa das mulheres independentes que gozam a vida nos cabeleireiros e nas sapatarias da moda, às conversas dos executivos bem-sucedidos que são ao mesmo tempo canibais de fêmeas e frequentadores de ginásios e depilações. Obrigado, mas não! E não sou só eu. Lobo Antunes, em declaração à Visão, disse que continua «a ficar surpreendido com o aluvião de livros, livros completamente supérfluos, que se editam. As pessoas não têm vergonha de ter feito aquilo? Não são escritores, são pessoas que fazem livros. Uma coisa é ser escritor, como Torga (por exemplo) o era. Outra coisa é fazer livros, o que agora toda a gente faz. Fico pasmado quando vejo jornalistas, advogados ou apresentadores de televisão que se apresentam como escritores. Já reparou?»
A verdade é que não falamos aqui de literatura. Falamos, sim, da produção industrial de textos. Maus textos. Texto pelo texto. Sem encadeamento, harmonia, teorias, regras. Estes autores «limitam-se a criar texto» (Real, 2001). Discípulos mecânicos do pai das novelas e enredos choramingas o lorpa do S. King. Hodiernamente, vê-se o público marcado como manadas de gado pelas grandes promoções publicitárias. O que se vende hoje? Histórias inacreditáveis, que ofendem a inteligência mais rudimentar: alquimia, espadas mágicas, astrólogas, duendes, feiticeiras, diabos e anjos. Essa literatura tipificada não colhe. Melhor, apenas recolhe o fruto financeiro desse assalto intelectual. Numa visão meramente pessoal, parece-me que incorremos num grande risco de aceitarmos facilmente que o tormento pode ser amenizado com o proveito. Esta nova literatura – a tal que Saião (cf. 2004) refere –, para além de colocar bons escritores numa espécie de gueto, dá uma respeitabilidade a escritores absolutamente medíocres. Aliás, é a mediocridade que precisa de rótulos para sobreviver, caso contrário teríamos apenas e só Literatura. No fundo, são os chavões e uma espécie de fragilidade da memória que legitimam obras sofríveis. Para alguns escritores (porque não alargar o leque a todos os criadores?) esta aprovação da erudição por acamamento não é relevante já que a sua obra não contempla qualquer tipo de direcção ou objectivo. São obras criadas para fruírem à mercê dos interesses económicos e dos ventos da vulgaridade. Algumas editoras, mais preocupadas na materialização da coisa do que na coisa em si, tornam-se parideiras de livros. Já diz o aforismo: ninguém vive só de brisa. Ora, a publicidade é astuta, aposta na estupidez e na imitação, e o resultado é esta enxurrada de textos embecilizantes que infelizmente continuará.
Não vale mesmo a pena, amigos. Interessam-me apenas as obras marcadas por sentimentos que não obnubilam a perseguição de uma utopia onde se projectam ânsias de harmonia, as obras que resvalam para a montra daqueles que escrevem na dolorosa incapacidade de encontrar a chave decifradora do mistério da vida. Procuram-se os escritores de insatisfação existencial - comprometidos de preferência por uma clara opção agnóstica -, que nos leve a crer que as suas afirmações da ruína e da morte têm raízes muito mais ontológicas do que propriamente religiosas. Nos verdadeiros escritores, o sentimento de solidão põe o leitor numa profunda melancolia, a qual se exprime numa escrita onde se regista a deterioração do sentido da vida, sem se apontar nenhuma proposta épica de redenção, embora se evolua para uma pálida suspeita de um transcendente que nenhuma palavra pode nomear. Com um estilo seco, laminado, extirpado e colhido dos recessos da alma. Uma escrita que é o fruto do excesso de sentido da vida, excesso como estrutura espiral de uma escrita que viaja pelos símbolos, pelas imagens, pelas construções míticas que arrastam as palavras para os seus próprios limites, numa espécie de sensibilidade para o silêncio. Uma escrita de ourives raríssima em Portugal, terra de lenhadores da prosa. É aqui na «mais redonda boca para os nomes das coisas» (Belo, 1984) que a escrita se deve derramar . A meu ver, a literatura deve ser encarada como um descodificador mais ou menos irreverente da substância nebulosa, como um prevaricador do real e da linguagem codificada. A literatura que pretendemos atingir contém uma ampla intersecção de analogias infindas; evidencia-se por um domínio utópico, pelo sentimento transfigurador, pela validade dos seus temas e pelo modo como apresenta uma realidade primitiva. A literatura que procuramos, alcança um lugar uno, onde o interior e o exterior não estão decompostos, onde o entendimento e as coisas se comunicam, através da metafísica da realidade superficial e da falsa interioridade que nos separa do exterior, das coisas simples e mínimas. A literatura é um outro olhar sobre as coisas, «uma outra imagem do mundo» (Prado Coelho, 2003). Uma imagem que trespassa o quotidiano, já que se evidencia obscura e misteriosa para aqueles que não conhecem, nas palavras de Herberto Helder, «o tormento do excesso» (2004).
Ficou grande. Mas esta merda mexeu mesmo comigo!
e quando começa a entrar algum dinheiro
"já está tudo bom!"
"Está tudo bom" o caralho que vos foda
essas baladas de ir ao cú
distorcem esta merda toda»
Mundo
“Estou a falar da miséria e de
todas as suas implicações.”
Juan Rulfo
Começa pela persona na capa. Agora vale tudo? Então, porque não a Cinha Jardim e as putas das suas ricas filhas? Já agora, a Bobone e os seus escritos sobre os novos mos maiorum do social. Sei lá, então, um ZéZé Camarinha e o seu bigode à folião dos anos 70. Porque não? Depois, é o título; "Os livros das pessoas comuns"! Mas eu sou algum extraterrestre? Que caralho quer isto dizer? Pessoas comuns? Quem são então as invulgares? Os leitores do Lobo Antunes? Do José Luís Peixoto? Do Saramago? Do Dinis Machado? Quem são, porra? Anda tudo maluco é o que é! Depois, quem leva com esse epíteto sou eu só porque venho para aqui descaralhar sobre o mundo e afins. Haja o mínimo de decência nesta merda! Mas que puta de foto é aquela? O Roberto Leal emagreceu, mudou de sexo, ficou a escrever pior e merece capa na Ler?!? Foda-se, se é para gozar, goze-se mas é com as opiniões do Guilherme Aguiar. Com os óculos do Seara. Com o cabelo do Diogo Feyo. Agora, gozar comigo? Vai haver bosta! Tenho um primo de 3 anos que aprendeu a fazer traços com lápis de várias cores. No colégio chamam-lhes desenhos. Nós também lhes chamamos desenhos. Ele gosta e chama-lhes desenhos. Vou enviar os rabiscos do puto para a Taschen e exigir a publicação daquela merda, tendo por base comparativa esta edição da Ler que deu capa ao maior natimorto literário da história deste país de defuntos intelectuais. Paciência de monge para aturar estes proxenetas (do latim xulos de merda) da edição!
Não é difícil perceber o que se passa. Neste momento, as hierarquizações dos livros que abarrotam os escaparates das livrarias e que conseguem, pelo menos, preencher as prateleiras e, quiçá, decorar as salas ou escritórios de muitos dos lares portugueses estão completamente desvirtuadas. Como bem assinalou Nicolau Saião (2004), estamos condenados à subserviência ao surgimento de «um epifenómeno: o surgimento da chamada literatura light, género que aliás mostra o seu parentesco com as telenovelas e que encena, de modo ligeiro e aproximativo, as aventuras e desventuras de uma certa pequena e média burguesia urbana ou urbanizada. Ou o surgimento, como autores de ficção, de indivíduos ligados à actividade pública – como políticos e repórteres, por exemplo – e que o marketing logo acarinha devido à sua relativa celebridade e que passam como fogachos num céu de Verão». Estamos efectivamente condenados às transcrições das conversas de café, das tertúlias cor-de-rosa das mulheres independentes que gozam a vida nos cabeleireiros e nas sapatarias da moda, às conversas dos executivos bem-sucedidos que são ao mesmo tempo canibais de fêmeas e frequentadores de ginásios e depilações. Obrigado, mas não! E não sou só eu. Lobo Antunes, em declaração à Visão, disse que continua «a ficar surpreendido com o aluvião de livros, livros completamente supérfluos, que se editam. As pessoas não têm vergonha de ter feito aquilo? Não são escritores, são pessoas que fazem livros. Uma coisa é ser escritor, como Torga (por exemplo) o era. Outra coisa é fazer livros, o que agora toda a gente faz. Fico pasmado quando vejo jornalistas, advogados ou apresentadores de televisão que se apresentam como escritores. Já reparou?»
A verdade é que não falamos aqui de literatura. Falamos, sim, da produção industrial de textos. Maus textos. Texto pelo texto. Sem encadeamento, harmonia, teorias, regras. Estes autores «limitam-se a criar texto» (Real, 2001). Discípulos mecânicos do pai das novelas e enredos choramingas o lorpa do S. King. Hodiernamente, vê-se o público marcado como manadas de gado pelas grandes promoções publicitárias. O que se vende hoje? Histórias inacreditáveis, que ofendem a inteligência mais rudimentar: alquimia, espadas mágicas, astrólogas, duendes, feiticeiras, diabos e anjos. Essa literatura tipificada não colhe. Melhor, apenas recolhe o fruto financeiro desse assalto intelectual. Numa visão meramente pessoal, parece-me que incorremos num grande risco de aceitarmos facilmente que o tormento pode ser amenizado com o proveito. Esta nova literatura – a tal que Saião (cf. 2004) refere –, para além de colocar bons escritores numa espécie de gueto, dá uma respeitabilidade a escritores absolutamente medíocres. Aliás, é a mediocridade que precisa de rótulos para sobreviver, caso contrário teríamos apenas e só Literatura. No fundo, são os chavões e uma espécie de fragilidade da memória que legitimam obras sofríveis. Para alguns escritores (porque não alargar o leque a todos os criadores?) esta aprovação da erudição por acamamento não é relevante já que a sua obra não contempla qualquer tipo de direcção ou objectivo. São obras criadas para fruírem à mercê dos interesses económicos e dos ventos da vulgaridade. Algumas editoras, mais preocupadas na materialização da coisa do que na coisa em si, tornam-se parideiras de livros. Já diz o aforismo: ninguém vive só de brisa. Ora, a publicidade é astuta, aposta na estupidez e na imitação, e o resultado é esta enxurrada de textos embecilizantes que infelizmente continuará.
Não vale mesmo a pena, amigos. Interessam-me apenas as obras marcadas por sentimentos que não obnubilam a perseguição de uma utopia onde se projectam ânsias de harmonia, as obras que resvalam para a montra daqueles que escrevem na dolorosa incapacidade de encontrar a chave decifradora do mistério da vida. Procuram-se os escritores de insatisfação existencial - comprometidos de preferência por uma clara opção agnóstica -, que nos leve a crer que as suas afirmações da ruína e da morte têm raízes muito mais ontológicas do que propriamente religiosas. Nos verdadeiros escritores, o sentimento de solidão põe o leitor numa profunda melancolia, a qual se exprime numa escrita onde se regista a deterioração do sentido da vida, sem se apontar nenhuma proposta épica de redenção, embora se evolua para uma pálida suspeita de um transcendente que nenhuma palavra pode nomear. Com um estilo seco, laminado, extirpado e colhido dos recessos da alma. Uma escrita que é o fruto do excesso de sentido da vida, excesso como estrutura espiral de uma escrita que viaja pelos símbolos, pelas imagens, pelas construções míticas que arrastam as palavras para os seus próprios limites, numa espécie de sensibilidade para o silêncio. Uma escrita de ourives raríssima em Portugal, terra de lenhadores da prosa. É aqui na «mais redonda boca para os nomes das coisas» (Belo, 1984) que a escrita se deve derramar . A meu ver, a literatura deve ser encarada como um descodificador mais ou menos irreverente da substância nebulosa, como um prevaricador do real e da linguagem codificada. A literatura que pretendemos atingir contém uma ampla intersecção de analogias infindas; evidencia-se por um domínio utópico, pelo sentimento transfigurador, pela validade dos seus temas e pelo modo como apresenta uma realidade primitiva. A literatura que procuramos, alcança um lugar uno, onde o interior e o exterior não estão decompostos, onde o entendimento e as coisas se comunicam, através da metafísica da realidade superficial e da falsa interioridade que nos separa do exterior, das coisas simples e mínimas. A literatura é um outro olhar sobre as coisas, «uma outra imagem do mundo» (Prado Coelho, 2003). Uma imagem que trespassa o quotidiano, já que se evidencia obscura e misteriosa para aqueles que não conhecem, nas palavras de Herberto Helder, «o tormento do excesso» (2004).
Ficou grande. Mas esta merda mexeu mesmo comigo!
Tas a ver o maior? Não? És tu!!
ora bem,
isto está para lá de intensamente bem explicado. dissecado ao mínimo pormenor.
permite-me discordar da opinião de que só "os escritores de insatisfação existencial - comprometidos de preferência por uma clara opção agnóstica -, que nos leve a crer que as suas afirmações da ruína e da morte têm raízes muito mais ontológicas do que propriamente religiosas."
não faltam filósofos na teologia a provar que a fé não se resume aos beatos, muito menos aos seguidores de estátuas ao cónego melo.
quanto ao resto, fiquei a pensar fazer boicote à revista este mês.
um abraço
ah,
diabos e anjos, feitiçarias e outras crenças que tais, estão nos livros do valter hugo mãe, e nem por isso deixam de ser más, porque a visão dele é a de que "o entendimento e as coisas se comunicam, através da metafísica da realidade superficial e da falsa interioridade que nos separa do exterior, das coisas simples e mínimas"
mais um abraço
Excelente post. Parabéns. Literatura light? Uma merda, isso não existe.
"O Roberto Leal emagreceu, mudou de sexo, ficou a escrever pior e merece capa na Ler?!?"
looool!!!!!
Eu prefiro o Roberto Leal original.
Ainda bem que ainda há alguém que perante o cheiro da merda não se limita a cheirar para o outro lado, mas faz por por limpá-la... Até já cheira melhor...
Obrigado! Os maiores são vocês que conseguiram ler esta tralha toda!
F.P., amigo, eu disse de preferência. Não excluo Ruy Belo, o Tolentino ou o Daniel Faria das minha leituras. Qt aos temas, deves concordar que o modo como o Valter Hugo Mãe os aborda difere em tudo dos livros aos quais me reporto. Não estava a falar da temática, mas antes do modo como abordamos os temas. O sexo, por exemplo. Tema caro aos livros light. Mas não tem nada a ver com o sexo do Bukwoski e mesmo do Sade ou, para ficarmos por cá, do Jorge de Sena ou do Al Berto.
abraço
Uma delicia de post.
Aplausos (em pé) para este post.
Ainda no DOmingo passado em jantar com o Fernando Pessoa e mais alguns amigos discutimos isto, e para além da certeza que MRP não é para quem já atingiu um patamar no seu nível de leitura ficou a ideia que pelo menos a escritora tem o mérito de introduzir muita gente à leitura, que só por si será louvável.
E já agora "Fico pasmado quando vejo jornalistas, advogados ou apresentadores de televisão que se apresentam como escritores." sabia que Saramago chegou a ser mecânico de automóveis e mais tarde trabalhou como jornalista? E que o Miguel Torga era médico? Essa sua frase leva a pensar que o Escritor surge em detrimento de nascer ....
LDS
Caro LDS, a frase a que te referes não é minha. É do Lobo Antunes. Está entre aspas e devidamente referenciada.
O Torga era médico. O Pessoa uma espécie de copy. O Saramago chapeiro. O Al Berto explicador. O José Luís Peixoto professor. O Herberto Helder estivador. Então? Não me parece que fosse a isto que se referia o Lobo Antunes! Mas posso estar enganado...
Quanto aos hábitos de leitura, devo confessor que não colhe a defesa da tese de que o que interessa é ler. Então, mais vale, como eu já dizia aos meus alunos, ler os artigos de alguns jornalistas desportivos. Sempre são uma camada mais funda do que a prosa da Srª Rebelo Pinto.
Se forem do Rui Santos ....
É Rui. Mas é Dias.
eu gostava de dizer, que comemos um bacalhau generoso pelo seu supremo sabor, e bebemos um bom vinho.
e depois falamos que realmente há momentos em que, qualquer que seja a forma de atrair leitores, o importante é que eles venham. e depois haverá um caminho e uma evolução natural.
abraço