11 anos depois, José Manuel Fernandes abandona o posto de director do Jornal Público.

Na minha opinião fez um grande trabalho, por um jornal independente, num País (mundo) que se quer global e plural. Goste-se ou não do homem ou do estilo, é uma figura incontornável do panorama jornalístico nacional e um nome que ficará para sempre.

Sai com a sensação de que quereria fazer mais mas não consegue. Coloca a razão na sua própria falta de motivação. Talvez. O que é certo é que já não terá estofo para guerras e insinuações sujas.

Não terá sido um jornalista (director) que tenha sempre jogado limpo. Mas a verdade é para ser noticiada e as interpretações somos nós, os leitores, os cidadãos que se querem informados, que as devem tirar.

Num mundo onde as manobras de silenciamento de órgãos de comunicação "hostis" parecem ter-se tornado regra e não excepção (veja-se o vergonhoso caso argentino, venezuelano ou o Nobel Obama e a sua perseguição aos jornalistas da cadeia Fox News") Portugal ficou hoje um pouquinho mais pobre.

Mas valha-nos que foi-se o director mas ficou o jornalista. Esperemos que não o calem, com a desculpa das "campanhas negras".