alexandre pais é o director da coisa. em tempos, record demarcou-se da concorrência. lembro-me de, em datas idas, ser o único jornal (na altura só saía às 3f e 5f, para além do fds) a fazer páginas com a nba. era, de facto, um jornal diferente. hoje, pouco resta. o director da coisa por diversas vezes deu a cara por aquilo que ele entende ser a sua principal missão: preservar o trabalho dos seus jornalistas. assiste-lhe, naturalmente. basta recordar que foi alexandre pais, e este novo record, quem saneou ferreira fernandes por este ter apelidado de "nabo" esse grande vulto da cambalhota aérea que dá pelo nome de karadas. obviamente que em causa esteve o facto de alguém ter ousado enfrentar publicamente a prole dos outros tempos. e continuamos nisto. na mão amiga que negligencia e furta subtilmente tudo e todos. como se fossem os míticos (esses, sim, mitos) 6 milhões que, qual corte de anjos, balizam o céu da sociedade portuguesa. outros tempos, senhores. hoje, a grande maioria sabe ler, não papa-hóstia e grita livremente golo de outras equipas. longe vão os tempos em que não ser lampião era sinónimo de história pouco reconciliada com a liberdade, mais com tormentos e outras "manobras" caras aos déspotas. contudo, ainda hoje há quem caia ao medo de afrontar. e o jornalixo desportivo é o mais grosseiro sinal de subserviência napolitana que ainda paira por cá, tudo em redor dos louvadores de tempos poeirentos e mentes foscas. e, claro, justificam-se eles próprios com a maior das mentiras, como se fosse natural e geneticamente obrigatório que o benfas seja alapado nos colinhos dos senhores das penas. horizonte cego, meus senhores. é esse o mal da nossa mais quotidiana realidade.