Na passada sexta feira, fui ver o filme "Para a minha irmã", que retrata uma situação bastante comum nos dias de hoje: uma criança foi "feita" com o objectivo de tratar outra.
Desde que nasceu foi submetida a inúmeras intervenções médicas bastante dolorosas, debatendo-se com várias complicações, a última das quais consistia em lhe retirar um rim para dar à irmã doente. Estes acontecimentos fizeram-na decidir, aos 11 anos, contratar um advogado, de forma a obter emancipação médica, iniciando assim um processo judicial contra a sua família.
Este filme faz-nos reflectir sobre se será justo criar geneticamente alguém com o intuito de lhe tirar partes extras. Claro que um pai, digno desse título faz tudo por um filho, mas não estará a fazer o papel de Deus?
Ficam aqui algumas dúvidas que se levantam, neste perigoso jogo, entre a natureza e o ser humano que se julga supremo.