A romaria está na rua

Ainda a recuperar das legislativas, cá estou eu a observar as caravanas e arruadas que se vão fazendo pelo nosso belo Portugal. Gosto particularmente da caça aos brindes. O português gosta de escolher o seu sentido de voto pelo brinde que recebe. Basta ver alguns com canetas do PSD e boné do PS.

Quanto aos presidentes de câmara que se recandidatam, é curioso verificar que só ao fim de quatro anos é que têm tempo livre para inaugurar dezenas de obras e iniciar outras tantas.

Repugna-me ver meios de comunicação da autarquia usados como propaganda política. Em Paredes, por exemplo, o jornal da câmara foi distribuído durante a campanha, onde o edil se vangloria com a resenha da obra feita, e os espaços onde a câmara publicitava iniciativas, agora estão cobertos de propaganda PSD. Curioso, não é?

É tudo ao quilo: quem tem mais carros na caravana, quem dá mais brindes, quem consegue trazer o melhor entertainer, quem tem mais cartazes, … E o programa conta? Ainda não recebi na minha caixa postal qualquer prospecto partidário onde fosse possível ver o programa eleitoral. Acho que isso é importante.

Gastam uma fortuna para nada, ou melhor, para enganar o povo.

Campanha, para mim, seria apenas uns simples panfletos com o programa, sem a inundação de cartazes e lixo publicitário.

Uns buscam a fama, outros um tacho e uma minoria quer fazer bem à sua localidade.

Isso sou eu a pensar alto e porque, mesmo sendo feriado, hoje é segunda-feira.

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