A OTA, estudos, relatórios e entregas

"O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, disse hoje que o Governo está disposto a analisar qualquer outro estudo sobre a localização do novo aeroporto, inclusivamente a opção "Portela+1", defendida pela Associação Comercial do Porto.
"[O Governo] aceita todos os relatórios — como tem aceite até agora todos os relatórios — que lhe queiram apresentar e olhará com toda a atenção para eles, como sempre foi", disse Mário Lino no final da assinatura de um protocolo para o arranque das novas instalações para o Centro de Análise e de Operações contra o Narcotráfico Marítimo, quando questionado sobre se estaria disposto a aceitar um estudo da Associação Comercial do Porto." Lusa, via Público.


Exceptuando a hipótese de ter provado alguma coisa na inauguração no centro que fosse para ficar armazenada, a declaração do ministro é um descarado gozo. Num país razoavelmente normal os governos encomendam os estudos que acham necessários para tomarem uma decisão – independentemente de aceitarem os estudos que terceiros lhes entreguem. Num país minimamente normal um ministro não diz que se lhe mandarem um estudo ele lê, como se fosse assim que as coisas se fazem. Ou precisa de estudos, porque não tem a decisão tomada, ou não precisa porque já se decidiu. O resto é um enorme gozo. Descarado.

Via 31 da Armada

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