Neste último mês tem sido uma maravilha consultar a edição diária do Diário da República. O vómito legislativo que leio todos os dias acalmou. A mudança de governo é sempre uma coisa muito boa. Há uma certa estabilidade na sociedade regulada pelo Direito durante estes dias. E uma certa Paz também.

A vontade do Legislador de tudo regular é um problema que se atinge nas democracias de meia idade. Tende-se a desvirtuar a ideia de liberdade que originou o seu nascimento. Nasce o conceito do "bem-maior". O "bem estar da maioria".

Esta história da proibição dos animais nos circos ou nas casas das pessoas. Eu tive a sorte de ter ido ao verdadeiro circo. Vi os leões, os elefantes, os tigres, até levei um beijinho de uma foca. Claro que, morando em Lisboa, podia ver (como vi) estes animais todos no Jardim Zoológico. Mas, e se não morasse? Teria de recorrer à solução BBC vida selvagem. É como com os vai-vem espaciais: ver, ver, só na televisão! Mas é mais que óbvio que isto é só metade do trabalho. A verdadeira intenção é acabar com a Festa Brava, proibindo as touradas, via protecção dos toiros. Esquecem-se que Barrancos e (derivados) existirá sempre. E esta minoria, não se protege? E as galinhas, coelhos, pombos, porcos e vacas que vivem nessas aldeias em condições deploráveis. Serão animais menores? E os cães, gatos, hamsters, porquinhos da india, peixes, comprados por capricho de um miudo qualquer e depois esquecidos a um canto? Já agora regulava-se o bem estar destes animaizinhos todos também. Porque também tiveram lugar na Arca do Noé caramba!!!

E o chip na matricula? Big Brother de George Orwell, sê bem vindo a Portugal!!! Ficção tornada realidade numa estrada perto de si...

E os registos telefónicos guardados durante 5 anos pelas operadoras? Cuidadinho com o que se diz!!

E o sal no pão?

Muito mais aí vem. Vamos ver até quando (ou, melhor ainda, até Quanto!) estaremos dispostos a aguentar.