Paolo Maldini
Tenho uma tendência para admirar todos os andarilhos do mundo que seguem as pisadas de Arthur Rimbaud. Essa maneira aventureira e, sobretudo, individualista de estar no mundo assemelha-se a uma maldição, na linha da velha crença que associa os errantes aos pecadores e que faz da vida deles um estágio no inferno. Contudo, há quem me faça saber admirar aquilo que está nos antípodas dessa ideologia. Com Paolo Maldini, esse lado maldito, que faz "da infâmia uma glória, da crueldade um encanto", que lança um novo sistema de valores, fundado na subversão (cultural, social, política), numa vivência boémia que é a antítese da "boa sociedade", cai por terra, passando a parecer apenas uma desregulamentada, casual e frívola proximidade do perigo. Com Maldini, ponho de lado as minhas pertenções e ideologias beatnik, e aprecio o melhor do conservadorismo.
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