Tenzin Gyatso: o Dalai Lama bélico no mundo orwelliano do PC.



Cá como , o PC vive num mundo à parte. Nessa matéria estou particularmente à vontade: graças aos bons trabalhos e mimos de um conservador de actos extravagantes, sou aquilo a que se pode chamar de esquerdalha com tiques de burguês. O que sempre me separou do conservadorismo - que me serviu de almofada e de vitamina para o crescimento adolescente - foi exactamente o mesmo que me levou a saber rir das particularidades do PC. "Graças a Deus não sou salazarista, nem comunista", - dizia o meu avô antes de os seus dias se terem tornado todos iguais. Um dos elementos estruturantes de um certo regozijo comunista é o facto de ele decorrer de uma invasão consentida do espaço íntimo de outrem. Os comunistas são sangue do próprio sangue. Irmãos de luta. O carácter casual do momento e o consentimento dos comunas sobre a exposição da individualidade contribui para a generalizada sensação de privilégio. O que os comunistas RELIGIOSAMENTE defendem é, paralelamente, aquilo que aboninam em outras PARÓQUIAS. É doloroso olhar para onde não há diáspora. Mas, enfim, a minha pretensão de que os outros deveriam fazer o que eu fiz desde cedo que esvaneceu e se tornou infrutífera. Hodiernamente, sou, perdoem-me a imodéstia, mais defeito do que feitio. Amen.

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