Há falta de outro (e, ó Deus, Paizinho de todas as coisas, como eu seria capaz de fazer melhor), rouba-se o nome a um livro de um poeta maldito. Eu sei que "o mundo pula e avança como bola colorida entre a mãos de uma criança". Mas ainda assim, e como já o advertira Teixeira de Pascoaes, quando, em antiglosa a Descartes, escreveu que "existir não é pensar, é ser lembrado", é necessário apearmo-nos da azáfama continuada (o tão afamado modus vivendi hodierno) em que, consciente ou intencionalmente, nos insensibilizamos em relação às pessoas e aos livros, aturdidos, na expressão de Lipovetsky , pelo “traguique de la légèreté”. Torna-se imperativa uma recuperação do diastema, da pausa, capaz de nos brindar com a captação mais perfeita, ou menos imperfeita, da realidade, mesmo daquela por cima da qual a poeira dos séculos teima em estender o seu manto tão espesso. Seria preciso saber olhar.

Há falta de melhor, ficamos com isto:

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