O Mundo não é a América, são trocos
Mas vamos lá entrar na Obamania, que qual onda mexicana - sem ofensa, nem mal-entendidos raciais - ia varrendo sucessivamente Maccainaquistões e Republicanaquistões coast-to-coast, para gáudio do resto do mundo, Judite de Sousa, Luís Costa-Ribas e Mário Crespo. Lindo o ensaio sobre a cegueira. Se a Democracia se tornou mais um produto mediático, os Estados Unidos são a sua Endemol.
Tão pouco estávamos em passagem de ano, mas nem por isso as televisões portuguesas, como tantas outras, se descartaram de correr capitais do mundo para o revelhão de Barack. O jornal da Tarde assim o parecia, conforme se sucediam capitais e gente em euforia. Tudo pela mudança, que a meu ver não vai chegar da maneira que se espera. Como disse no "Trio de Bloggers" do RCP, os americanos não votam pelo resto do mundo, votam pelo seu bolso. A "change" que promete Obama, será mais uma tentativa de "keep the change" - os trocos como paliativos que aguentem para já o colapso da classe média americana no instalado modelo de capitalismo americano, que mesmo tido como inquestionável é o maior gerador de falsas expectativas nas pessoas.
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