Esta é uma boa iniciativa
By Bruno Miguel Machado
on quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
13:51
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4 Comments
Dois dos maiores bancos italianos, o Unicredit e Banca Monte dei Paschi, anunciaram hoje que vão permitir que os seus clientes em dificuldades suspendam o pagamento dos seus empréstimos em 2009, sem incorrer em sanções.
No caso do Unicredit, a iniciativa incluirá as famílias italianas cuja prestação anual não ultrapasse os 25 mil euros, cujos membros tenham perdido os seus empregos, estejam desempregados ou sejam trabalhadores precários, permite a suspensão do pagamento das prestações mensais por um período de doze meses, sem penalizações, para serem reembolsados posteriormente.
No caso do Banca Monte dei Paschi, os clientes em dificuldades, independentemente dos recursos, também poderão suspender os seus pagamentos durante o ano de 2009, retomando o pagamento normal das prestações no ano seguinte.
No caso do Unicredit, a iniciativa incluirá as famílias italianas cuja prestação anual não ultrapasse os 25 mil euros, cujos membros tenham perdido os seus empregos, estejam desempregados ou sejam trabalhadores precários, permite a suspensão do pagamento das prestações mensais por um período de doze meses, sem penalizações, para serem reembolsados posteriormente.
No caso do Banca Monte dei Paschi, os clientes em dificuldades, independentemente dos recursos, também poderão suspender os seus pagamentos durante o ano de 2009, retomando o pagamento normal das prestações no ano seguinte.
Duas boas medidas na fase que atravessamos...., só é pena não ser Portugal!
Em Portugal, o sistema bancário rege-se por outros princípios.
Nem a CGD -um banco estatal e como tal de todos (pelos menos por definição)- tem uma política económica mais "sensível", quanto mais os outros constituintes do sistema.
Agora, com o que se estar a passar com o BPP, torna-se evidente que os critérios de "apoio" estatal à banca não se rege pelos princípios enunciados pelo governo.
Outros valores se impõem. E, como quase tudo em Portugal, quem pagará será o cidadão contribuinte. Sim, aquele, que em nome do seu "bem-estar" o Governo resolveu ajudar o sector financeiro e que no "balanço final" destas "ajudas" (subsídios) será aquele que pagará, pagará até não poder mais.
Enfim...
Concordo que em Portugal é muito difícil a aplicação de uma medida deste género. Contudo acho que os bancos e os portugueses ficavam a ganhar.
Quanto ao BPP, tudo aquilo é, no mínimo, um pouco estranho.
O Banco de Portugal gizou um plano de sustentação temporária do Banco Português Privado, justificando tal actuação com o risco desta falência poder contagiar outros bancos. Dentro deste plano, 6 bancos tiveram que emprestar 450 milhões de euros, mediante uma garantia do Estado. Como contragarantia efectuou-se o penhor de activos do balanço do BPP no montante de cerca de 672 milhões de euros. O problema é que tais activos são participações sociais. Nos tempos que correm, são garantias de nada.
E de nada valem. Se valessem algo, não necessitariam (o BPP) de "puxar os cordelinhos" para uma intervenção estatal (neste caso indirecta mas evidente).
touché?
Precisamente. O Estado dá o seu aval ao empréstimo por forma a salvaguadar os bancos. Caso contrário, os bancos faziam directamente o penhor dos activos.