o título deste poste é: eu gosto muito de guaraná mas só do antarctica, já que o outro é muito comercial e eu pertenço à elite do saber beber
Cristiano Ronaldo (Rónaldo para a família) foi eleito o melhor jogador da última temporada. Nada mais justo. Jogando a extremo, marcou 42 golos. De pé direito, pé esquerdo, de cabeça, de livre, de rabo e comeu a Nereida e mais umas quantas das quais se me fogem os nomes. Ganhou o campeonato inglês e a champions league. Não sou daqueles que minam sempre estes prémios. Que nada valem. Que são mal atribuídos. Que não premeiam devidamente. E mais coisas desta natureza e de outras bem mais filhas da puta. Ronaldo pelo que fez mereceu ganhar este prémio e merece ganhar todos os outros que houver para disputar. Estes prémios, ao contrário do que querem fazer crer, não servem para atestarmos do potencial argumentativo de um jogador no seu máximo exponencial, antes tentam fazer jus ao melhor dos operários. E Ronaldo foi o empregado do ano. Marcou golos, ganhou campeonatos e tudo fez para que ninguém se esquecesse disso. Entrou para os livros. Como muitos outros. Ainda assim, quando eu já for velhinho, podem ter a certeza que vou contar aos meus netos que vi jogar o Ortega, o Savicevic, o Baggio, o Hagi, o Maldini, o Prosinecki, o Del Piero, o Redondo, o Suker, o Messi, o Ronaldo, o Ronaldinho, o Romário e todos os outros que depois aparecerem. O CR7 por mais prémios que ganhe dificilmente será nomeado. E é isto que ele não consegue perceber. Que há mais do que letras escritas num troféu. E esse é um degrau que ele jamais subirá: o de conseguir ultrapassar os diversos subterfúgios da memória. Isso, sim, seria gozar de um dos poucos privilégios intemporais.
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