Ana Drago.

Fotografia de José Goulão

Vi-a hoje no jornal do Mário Crespo. Falava da crise da CML. Acho eu. Não tinha a audição desperta. Outros sentidos pediam atenção. Vi-a hoje. A Ana Drago. Sim digo "A Ana Drago" e não "Ana Drago". A força quase instintiva que brota das palavras daquele delicado e feminino corpo consegue produzir em mim um ritmo vivo de constantes e imprevisíveis sobressaltos. A Ana Drago é "água estancada no ar", corpo desapossado dos seus sentidos comuns que consegue produzir novas cargas rítmicas em constantes viagens cada vez mais inesperadas e promissoras. A Ana Drago é mulher que transcende a sua própria materialidade, ainda que não seja de todo despiciendo negligenciá-la... A Ana Drago representa a fuga para um cenário corroído pelo tempo, em contínuas reformulações. A Ana Drago calcina-me, nervo a nervo, ao mesmo tempo que esboça ainda assim uma petrificação muscular.

2 Response to "Ana Drago."

  1. Anónimo says:

    Sou mais da onda da Joana Amaral.

    Anónimo says:

    Fazem cá uma ponta!

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