by Ladybird

“A primeira vez que te vi não foi mágica. Não ouvi sinos nem vi as estrelas que muitos proclamam. A primeira vez que te vi, não te vi. E, ainda assim, essa primeira vez está gravada em mim até hoje. Um pequeno instante insignificante que mudou a minha vida. Dizem que é assim...

Hoje escrevo aqui, num sítio onde já nos soube felizes. Na minha areia, no meu mar, na minha praia. Neste sítio que insisto em chamar meu por tudo o que me deu naquelas alturas que me definiram. Assim como tu. Também assim te chamo meu. Antes de ti eu dizia que sabia. Mas nunca tinha sequer sonhado com isto. Antes de ti eu dizia que tinha visto muito. Mas o melhor foste tu quem mo mostrou. Antes de ti isto era o mar. Isto era areia. Isto era praia. Hoje são chão de partilha, memórias de mim, memórias de ti...quantas foram as vezes que aqui me sentei e esperei... Hoje sei que tenho o que tenho que ter, no exacto momento em que tem que ser. E a espera silencia-se.

Fica comigo a sensação esmagadora de te ter em mim...num olhar, num gesto, num toque, num sorriso ou na simples partilha de um gelado ao lanche...sentir os teus braços repousar nos meus, o encostar da tua cabeça, as parvoíces que me dizes ao ouvido, como me fazes rir, como me fazes chorar...coisas que ninguém me poderá tirar já...e se eu pudesse agarrava esse olhar a mim, prendia o tempo, acorrentava os momentos a nós...e se eu pudesse, nunca mas nunca te deixaria ir. Porque só tu, só mesmo tu sabes.

E assim sendo, continuo a guardar o melhor para ti...”

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