A cartelização do orgulho ufano.

Sou um indivíduo de medianíssima compreensão. Funciono quase sempre como quando ainda era menino e me limitava a aprender com quem me ensinasse o que quer que fosse. Por isso, não me apeteceu pensar muito sobre a cena do novo curso de medicina e respectivas reflexões de alguns médicos e da Rita Rapazote.

Assim sendo, fazei o que quiserdes, mas não vos esqueçais de ler este comentário. Pela vossa saúde. O Marco Gomes, indivíduo do caralho e que também gosta de dar títulos altamente aos seus postes, também concorda. Ide ler, ide!

manuel disse...

Estes comentários demonstram apenas um a coisa: o profundo egoísmo e o enorme lobby que a classe médica representa neste país. Numa terra onde grande parte dos cidadãos não dispõe de médico de família e que se limita a esperar meses a fio por uma consulta, acho lamentável que se levantem vozes contra a abertura de um novo curso, especialmente numa região que deles necessitam (apesar de se pretender formar médicos para todo o país).
Lembro-me que aquando da abertura do curso em Braga também se falou em inovação mas nessa altura os mesmos que atacam esta medida como sendo populista, limitavam-se a pavonear dizendo que estavam num curso de elite…
O sistema nacional de saúde nacional está em colapso e a ministra da saúde já confirmou que os próximos anos serão muito difíceis devido à falta de médicos. Entretanto, alguns “lobbistas” tentam manter o seu mundinho fechado com receio de perderem as regalias absurdas que o país lhes concede. Eles são contra os médicos de leste, da América do sul que bem vistas as coisas são muito melhores do que eles para além de apresentarem um profissionalismo incomparável.
Eles são contra a abertura de novas faculdades, eles são contra a abertura de mais vagas. Mas tudo isto apenas depois de lá estarem porque antes aparecem nas tv´s queixando-se de que têm de estudar em Praga à custa dos papás, coitadinhos…
Eles têm emprego garantido e dão-se ao luxo de usarem o privado e abusarem do público enquanto outras profissões exigem exclusividade.
Eles formam-se nas escolas públicas com dinheiro de todos nós e depois (tal qual como mercenários) optam pelas clínicas que lhes enchem os bolsos.
Esta classe é o paradigma do parasitismo nacional. Contra eles nada se faz porque ameaçam de imediato com greve, tudo à volta é miserável mas eles não querem mudar.
Finalmente alguém se lembrou de abrir um curso em que os idiotas emocionais não tivessem lugar e se oferecesse a oportunidade de abrir o curso a pessoas humanas. Ao contrário daqueles atrasados emocionais que são formatados para o 19 ao longo de toda a vida.
Temos os médicos menos humanos, mais mercenários e em conversa com espanhóis ou médicos de leste a estupefacção é comum.
Enfim, as vossas “preocupações” são bem diferentes daquelas que são partilhadas pelos portugueses.
Lamento novamente que os mesmos que no passado criticavam os números clausus e as escassas vagas, hoje venham para aqui bradar contra um projecto que merece o apoio de todos os portugueses.
Pode ser que um dia os portugueses se desloquem a um hospital e sejam tratados com dignidade.

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