A minha Braga é a minha vida

Braga é a cidade que me viu nascer. Vivi durante quinze anos no seu centro. Caminhei tantas vezes perdido e por calçadas que conhecia tão bem. Subindo e descendo a imponente rua do Souto, o sangue vive…não para. Em Braga eu vivo, cresço, aprendo e sossego. Uma vida repleta de sonhos, de ilusões, de afectos e lembranças.
Mas na minha cidade nem tudo é especial. Nas ruas de uma Braga que foi Bracara Augusta descubro prédios devolutos, caídos no esquecimento dos seus proprietários. Olho para os prédios da minha cidade e vejo-os desconexos e sem critério, sem estacionamento para os moradores, não vejo árvore nem jardins, pequenos campos verdes para as crianças brincarem.
Quem vive na minha cidade, quase não tem sítios onde praticar desporto, com excepção dos campos da rodovia. A minha cidade tem igrejas, praças, museus e uma Torre de menagem, com absurdos horários que os tornam em templos de solidão e abandono!
As gentes da minha terra são pobres pessoas ricas, que suportam com um sorriso nos lábios a crueldade de imensas tempestades, sem nunca perder a capacidade de acreditar e de sonhar …. E de sorrir, mesmo nas tristezas…
Entre os que partem e, os que chegam, existe a azáfama e o encanto desta Mui Nobre Bracara Augusta.
Como tantas outras, para tantos outros, a minha cidade é certamente a melhor!

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