fontes de inspiração
By S. G.
on sábado, 11 de abril de 2009
14:14
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fontes de inspiração
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poesia - um canto do fontanário
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poesia - um canto do fontanário
.
VI
VI
.
memória de aroma
.
.
ontem como hoje é evidente
que me esqueço das palavras certas,
as que te diria sério ou a rir
e as que te dirá o tempo com mais certeza.
.
ontem como hoje iludo o tempo tenaz
o que me agarra com cordas quando não estás
nem me solta tão pouco quando me assombra
a ideia da tua ausência.
.
ontem como hoje é evidente
que me enternece a memória do aroma
da tempestade revoltada que se esmorece
na tua pele e no teu sorriso-núvem.
.
ontem como hoje engano o espaço intermédio
o dia lenga-lenga (esqueço-me) e a noite,
sou destro no passo apressado para a sombra
e encosto-me na imagem de um espelho da rua.
.
ontem como hoje é evidente
que a paixão se tornou um corte que teima
em cicatrizar atolado de medo-fantasma,
ou numa toalha que se entende na mesa vazia.
.
ontem como hoje atalho por entre ruelas
(nunca a correr porque me atrapalha a calçada)
a procurar uma morada de silêncio
onde as palvras susurradas serão silvos certeiros.
.
ontem como hoje é evidente
que não sei tirar da poesia o brilho
nem pintar a minha fraqueza, tu.
ontem como hoje é evidente
que a paixão se tornou um corte que teima
em cicatrizar atolado de medo-fantasma,
ou numa toalha que se entende na mesa vazia.
.
ontem como hoje atalho por entre ruelas
(nunca a correr porque me atrapalha a calçada)
a procurar uma morada de silêncio
onde as palvras susurradas serão silvos certeiros.
.
ontem como hoje é evidente
que não sei tirar da poesia o brilho
nem pintar a minha fraqueza, tu.
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