Lei da paridade

A lei da paridade obriga à introdução de uma percentagem de mulheres nas listas para os diferentes organismos. A lei está aprovada, será aplicada e é necessário pensar nela!
Um exemplo do trabalho que pode e deve ser feito está a ser desenvolvido pela concelhia do PSD do Porto! A forma como este projecto está a ser desenvolvido permite perceber que existe a vontade de tratar esta questão de forma séria e atempada, o que é de louvar!
Ainda assim...
Sou contra esta lei por diversos factores e um deles fica patente neste discurso: "Começa a ser complicado arranjar mulheres politicamente válidas", referiu Virgílio Macedo, salientando que "arranjar mulheres para as listas é fácil, o difícil é arranjar mulheres com qualidade".
Não querendo aqui impôr um discurso feminista, o que pergunto é: todos os homens que estão envolvidos politicamente são válidos? e sendo, onde se formaram?
Uma parte das mulheres e dos homens que militam e participam não possui formação e, algumas vezes até, qualidade... é um problema social e estruturante!
Como disse e repito, considero a iniciativa louvável, mas deixo uma sugestão: porque não estender essa iniciativa formativa a ambos os géneros e a diferentes faixas etárias? Se a ideia principal é captar e formar quadros para posterior integração nas listas, porque não o fazer com todos?

9 Response to "Lei da paridade"

  1. Anónimo says:

    Ó Joana, adoro quando falas de coisas sérias!

    Estou de acordo contigo, Joana. Aliás, já tinhamos falado disto no meu blogue.

    "Começa a ser complicado arranjar mulheres politicamente válidas", referiu Virgílio Macedo, salientando que "arranjar mulheres para as listas é fácil, o difícil é arranjar mulheres com qualidade".
    Em parte, concordo. Esta lei vai empurrar mulheres para a política que não têm qualidade, vocação para tal e que não têm experiência política. Isto é muito mau. Temos que ter a noção de que o dar um palpite ou dois sobre política não significa que tenham qualidade para fazer parte de uma lista ou exercer algum cargo político.
    Mas também concordo quando questionas a qualidade política dos homens e sua formação. Não há garantias de que todos sejam capazes politicamente para exercer certos cargos ou posições.

    De facto, temos que formar os indivíduos para a política. E desde cedo. E, indo contra à opinião de muitos críticos, comtinuo a achar que as "jotas" são a melhor escola para nos formarmos na política desde cedo. Cabe a nós fazer desta "escola" um lugar de formação de jovens para a política. Ao partido cabe incentivar e apoiar as iniciativas dos jovens para a política para que estes se sintam motivados.
    Desculpem-me a franqueza, mas julgos que os "jotinhas" estão mais bem preparados para a política do que qualquer outro. Embora não inferiorizando a qualidade de outras pessoas que não tenham passado por uma juventude política. Assim como também conheço "jotinhas" desmotivados. Mas a passagem pela política desde cedo é crucial.

    O Porto tem sido um exmplo vivo desta nova lei da paridade. Tive a oportunidade de ouvir, em Santo Tirso, Marco António Costa que na constituição da sua CP para a distrital já integrou mais mulheres. É importante começar já a cativar e formar mulheres para a política. Para não chegarmos a 2009 nas vésperas das eleições e ficar tudo mal feito!

    Cumprimentos!

    Concordo.

    Deveriam preconizar a paridade a um nível mais estrutural.

    Atacar os verdadeiros problemas que levam a fraca representatividade feminina nos órgãos políticos. Estes são as discrepâncias sociais, económicas e culturais entre géneros.

    cara helena,
    não sei se os jotinhas estão ou não melhor preparados..a verdade é que conhecemos melhor a realidade da vida política interna e estamos também mais informados. Aliás, foram em parte estes os motivos que me levaram à filiação partidária, até porque sou demasiado preguiçosa para procurar informação constantemente..eh eh eh. em relação à lei da paridade, é como dizes, já falamos disso anteriormente :)

    marco,
    concordo e entendo que não é apenas ao nível da baixa participação do género feminino que se deve intervir! que dizer do desinteresse da maioria dos jovens pela política?

    dr. etc,
    parece-lhe sério o suficiente para alegrar o seu dia? :)

    O desinteresse da maioria dos jovens pela política prende-se, quase de um modo exclusivo, com descredibilização da política por parte dos que deveriam ser os maiores credibilizadores, os políticos.

    Anónimo says:

    Cara Joana,

    Completamente de acordo.
    Que sociedade é esta que precisa de uma LEI para que as mulheres sobrevivam?!

    Quanto ao senhor (tenho vergonha de dizero nome) que argumenta: "...Começa a ser complicado arranjar mulheres politicamente válidas...", sem querer acabou por escancarar o cerne do problema.

    O problema está em quem está nas copulas do poder (seja ele de que tipo for) que continua a discriminar:
    - Se és homem, precisas do apoio certo (independentemente do que valhas);
    - Se és mulher, tens que mostrar-te muito boa no que fazes ou ser "loira" e acenar a cabeça sempre na vertical.

    E contra isto, minha cara.
    Qual lei qual quê! Só serve para humilhar!

    caro pedro costa,

    tal como sempre defendi, sou contra a lei da paridade! ainda assim, reconheço que é uma forma eficaz de promover a participação de elementos do sexo feminino. se é a melhor forma ou a melhor participação, tenho sérias dúvidas...ainda assim, tenho plena confiança nos elementos do sexo feminino e nas suas capacidades, motivo pelo qual acho que a palavra humilhação é aqui utilizada com algum exagero...e espero mesmo estar certa! :)

    a acompanhar com atenção...

    Anónimo says:

    Também espero que sim, Joana (que descriminação deixe de ser motivo de discussão).
    Mas...

    Ok... não estamos completamente de acordo (embora concordemos no essencial)... mas discordar de forma construtiva é tão saudável não é?
    E nem sequer é o género/sexo que está em causa!

    cumprimentos

    pedro,
    efectivamente é o género/sexo que está em causa e não o mérito pessoal, motivo pelo qual sou contra a lei..

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