Funambular exercício de narcisismo

Toca a todos. Durante dois anos o meu corpo balançou entre o esquecimento e os espelhos, um espaço destinado ao indefinido rumor das ausências. Foi preciso muitas vezes sentir a solidão a entrar-me pelas costas e não recear entrar no espaço de recuo seguro em que se tornam as noites de caos. Desbravado que está o caminho, e orgulhando-me de viver sem processos de fingimento, invocada que foi a sorte e derrotado também mais um dos inimigos invisíveis que teimam em tornar a minha vida num desabafo sentimental toldado de discurso ideológico, posso finalmente desenhar aqui alguma emoção que hoje sinto. Às 16h30 de hoje, saía de cabeça limpa da defesa da minha tese de mestrado. Ela que é, sem qualquer sombra de dúvida, o resultado dos dias passados com todos aqueles que são o exacto contrário da minha melancolia.

P.S.- BMM, quando te liguei ainda tentei dizer-te (não sei se te apercebeste) que não tinha atendido o telemóvel porque estava na faculdade, mas tu mudaste logo de assunto...

3 Response to "Funambular exercício de narcisismo"

  1. Parabéns mestre Etcétera!:)

    Anónimo says:

    Gracias senõrita!

    Não percebi companheiro. Não sei se te lembras que ficaste de me dizer quando seria a tua defesa da tese. Tens o meu perdão.

    Parabéns!!

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