Referendar ou não referendar? Eis a questão!
By Bruno Miguel Machado
on sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
23:44
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Os políticos têm muita fraca memória
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"(...) referendo é uma má prática geradora de insegurança em relação ao projecto europeu (...)"
Ontem, Luís Amado, no debate temático sobre a europa, que decorreu no Parlamento, defendeu a ratificação do tratado europeu, justificando a sua posição afirmando que um referendo europeu é "má prática". Tem o mérito de dizer aquilo que pensa, quando muitos pensam, mas não ousam assumir. Mas, alguém se lembra da promessa eleitoral do PS de referendar o tratado?
Sou obrigado a concordar.
Um referendo é uma "nega" à evolução democrática de um país (sim, é mesmo isto que queria dizer).
Quando acreditamos o nosso voto, aquando de eleições, sabemos que estamos a escolher os nossos representantes para decidirem este tipo de matérias. Ao recorrermos constantemente a consultas populares, ferimos esta convicção.
Depois, os referendos são o que se vê: há pouquíssima participação popular. E ao que é que isto leva? Leva, pois claro, a uma segunda machadada na Democracia.
Não podemos esquecer aínda os "efeitos retardadores" quanto à "praticidade" de todo o Processo Europeu, que urge.
Não estamos em tempo de referendos. Estamos em tempo de acções, que devem responder rapidamente aos interesses e exigências da Europa.
A ratificação parlamentar é, sem dúvida, a opção a tomar. Sem grandes medos.