100 kms de puro calvário
By César Pacheco
on quarta-feira, 3 de junho de 2009
11:41
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Penso que não é a primeira que faço um post sobre o mesmo tema, mas como diria Vítor Espadinha: “recordar é viver”.
Sou um utente “assíduo” das nossas estradas. Faço em média 100 kms por dia. Até nem me podia queixar muito do estado de conservação das estradas, porque já estiveram bem piores. Queixo-me é da falta de oportunidade da realização das obras. Passo a explicar: porque é que se lembram de iniciar todas as obras ao mesmo tempo? A resposta só pode ser uma: eleições! Como cereja em cima do bolo, este ano temos três “corridas” às urnas, logo os esforços dos autarcas e do governo serão redobrados para mostrar obra feita, ou pelo menos, iniciada.
Ainda hoje, estive 20 minutos parados na Trofa porque a circulação era efectuada de modo alternado, tive de recorrer a uns desvios manhosos em Santo Tirso e utilizar várias estradas abertas (em muito mau estado), porque ainda não perceberam que se deve fechar aquilo que se abre.
Os responsáveis pelas obras ainda não entenderam que seria muito mais vantajoso para os cidadãos e, talvez, para eles, se estes realizassem as obras no período nocturno. Sim porque não prejudicariam o tráfego rodoviário e estariam à vontade para beberem umas cervejas sem o pessoal ver.
Para mim, este tipo de oportunismo não passa de um insulto aos portugueses, porque com isso querem afirmar que temos memória curta e só nos lembramos das obras feitas mais recentemente e nos esquecemos daquelas feitas no início dos mandatos.
É só mais um desabafo de alguém que demorou o dobro do tempo para chegar ao escritório.
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