A P... da RTP



"... Eu estarei onde tu estiveres
Eu serei o que tu quiseres
O teu ver para crer, como fui
Desde a primeira vez..."

Assim reza a estrofe mais vomitada do novo hino pop da Rê Tê Pê, a televisão de (literalmente) todos nós (pelo menos daqueles que pagam impostos).
A um observador menos atento escapará a etimologia de tão belos e inocentes (ou não) versos, contudo nós estamos aqui, não se preocupe caro leitor.
O que no fundo se quer significar com semelhante arauto, e eu descobri-o de forma brilhantemente empírica, é que a televisão pública não passa de uma meretriz.
Ela estará onde "eu" estiver - "lingo" de Meretriz? Fica ao seu critério.
Ela é o que "eu" quiser - Idem? Idem.
O "meu" ver para crer - Claro! Que eu não pago a uma galdéria qualquer sem ver o "perdute" (eu sou um romântico, pra mim o que vale é a menina da rua, não as escolho nesse buraco negro da emoção que é a "net").
"Como foi"? "Desde a primeira vez"? Acho que melhorou, eu não estava cá na altura de Salazar, mas consta que o Ballet Rose foi a sério. Elas agora estão mais maduras, digamos...mais velhas, com mais idade, encurtando com mais de 9 anos de idade.

Serve tudo isto para dizer que, de facto, sem sombra de dúvida, este sorvedouro de dinheiro, é uma prostituta audiovisual (não são todas?!). Vejamos:
- Promete serviço público, dá-nos uns concursos de merda entre criancinhas e mentecaptos;
- Garante que se está marimbando (eu ainda posso usar o gerúndio Brasília, nhé, nhé, nhé, nhé, nhé, nhé) para as audiências, mas logo que pode gaba-se de estar à frente da SIC (UAU!). Algo que revela o perfeito desconhecimento do que é serviço público e quais são os seus objectivos;
- Comemora com galante emissão (uma diarreia de 10 ou mais horas de lenga-lenga(é assim que se escreve?!) a liberdade do 25/4 (4/25 em americano) e depois...bem, falem com Zé Rodrigues dos Santos, o transmissor do telejornal (aquelas orelhas só podem servir para transmitir ondas hertzianas) durante anos a fio.

Em resumo, nestes 50 anos (que ora se comemoram) podemos "dar graças" por:
- Pagarmos, sem ninguém nos perguntar se o queremos fazer (Bruno, isto foi uma sugestão para uma votação neste blog, só para que não haja dúvidas), por uma televisão não com um mas dois canais (aqui até se desfaz a regra de que "o original é sempre melhor do que a cópia", vide os Sopranos);
- Sermos obrigados, durante a maior parte desses anos, a engolir a treta do e bajulação ao "ancien régime" e às figuras tutelares de Salazar (Amén) e Caetano (amenzinho);
- Financiarmos o/a vencedor/a incontestável do prémio para melhor porta-voz dos sucessivos governos;
- Pagarmos salários chorudos a todos esses deuses e deusas da comunicação que cantam e dançam ao som deste novo hino, numa cacofonia de harmonia insuperável de seu nome Rê Tê Pu..

Pelo menos perdeu a vergonha e assumiu a condição de prostituta oficial do Estado português.
Se ao menos fosse boa.

5 Response to "A P... da RTP"

  1. Sugestão aceite.

    Anónimo says:

    João, então agora que a Merche saiu de lá é que tu vens falar de libertinagem na RTP? :-)


    P.S.- Depois deste poste, estás oficialmente admitido no grupo dos doentes! Não te preocupes que a doença é boa, pelos menos eu ainda por aqui ando. Mal, mas ando! :-)

    Boa João esta está espectacular é de registar que o falado José Rodrigues dos Santos já deve lá ficar pouco tempo a transmitir ondas hertzianas.

    Caro João

    Solicitava-lhe que formulasse a questão.

    Então tenho duas, caro Bruno:
    - Concorda com a existência de serviço público de televisão, pago por todos?
    - Considera justa a relação preço/qualidade do serviço público de televisão?

    (Escolhe à vontade, ou põe uma tua)

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