Como barrar tulicreme sem ficar com os dedos todos "coisos" ou a gaja do Dr. House não ficava nada mal numa cama que cá sei!

Hoje sonhei que estava debaixo da terra. Debaixo da terra mas sem estar morto. Para quem já sonhou que andava a ser perseguido pela Rita Andrade em topless, este sonho foi uma espécie de Luisão dos sonhos: não foi mau, mas há muito melhores! Sonhei que se abrira um buraco no solo e eu entrava lá e vivia no subsolo. Até aqui tudo normal. Sim, nos sonhos tudo é normal. Não há as contingências da trivial life, nem os gajos da Polícia Municipal a foderem-me o juízo por estar estacionado em cima das raias. Foi um sonho como outro qualquer. Eu entrava no subsolo e, para além do Rui Unas a representar muito bem o papel de Rui Unas, não estava lá mais ninguém. Acordei e lembrava-me do sonho quase todo. Nem no sonho da Rita Andrade me lembrei tão bem dos pormenores como neste. Aliás, durante esse sonho, não fosse a mancha que tinha nas cuecas ao acordar, e teria tido alguma dificuldade em lembrar-me com o que sonhara.

Dizia eu, acordei e lembrava-me de tudo. Mas o pior foi ao acordar ter a sensação de que estava equidistante de tudo e todos. Vivia sozinho no subsolo com o Rui Unas a fazer de Rui Unas. Eu, tendencioso, gosto dos declives e contrastes fortes. Não gosto de pensar nas coisas devidamente arrumadas para que, quando nos debruçamos a perceber o que se passa, possamos facilmente encontrar a prateleira certa. Ainda na mesma direcção, nunca senti a necessidade de pertencer a alguma coisa. Mas todos pertencemos a qualquer coisa. Não pertencer causa angústia, mas também liberta. O dilema é este.

Eu gostava de estar sempre rodeado das pessoas e coisas de que gosto. Eu gostava que me deixassem em paz e não tirassem do meu canto para o resto da vida. A ter que escolher, e a puta da vida não é mais do isto, vou pela primeira e poupo trabalho à Ceifeira. Apesar desta escolha, suspeito que nunca o vou conseguir na totalidade. Passamos os dias a separarmo-nos de partes importantes da nossa vida. Criança que sou, faço birra e ainda não compreendo o porquê de não podermos estar sempre com junto de tudo o que queremos. Tudo mesmo, mesmo, mesmo tudo.

Por isso, em desespero, faço promessas de eternidade, juras de companheirismo ad eternum. Deste modo, mantenho uma porta aberta a todos os possíveis regressos. Este jogo é intrincado. É fodido virar costas depois de olhar o mais fundo e recôndito segredo duns olhos que enganámos com um laivo de esperança que não conhecemos.

2 Response to "Como barrar tulicreme sem ficar com os dedos todos "coisos" ou a gaja do Dr. House não ficava nada mal numa cama que cá sei!"

  1. Anónimo says:

    Caro Dr, a densidade filosófia deste post deixou-me... como é que se diz?
    Ah, já sei : "emburrecida", confesso que não percebi nada e há algumas palavras muito dificeis de soletrar aí no meio...
    O pseudo comentário ao texto foi só mesmo para voltar ao tema que me interessa: já enviei as minhas fotos e videos pode saber-se o motivo de ainda não ter sido seleccionada?

    Anónimo says:

    Deixe lá, a mim acontece-me exactamente o mesmo!

    Eu sou um mero avençado do blogue. O chefe é o Bruno. É ele que vai ao e-mail e é também ele que convida as pessoas! Não lhe posso dar um motivo. Mas, talvez depois de ver as fotos, eu fique mais elucidado!

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