Não tem talento, mas tem idade!
Os gajos que vendem livros nas escolas agora são "consultores pedagógicos". Os palermas que arrotam postas de pescada cívica na blogoesfera são "cidadãos"! Está certo, não está errado e eu apesar de não gostar, já trinquei!
O meu maior sonho é ter uma carrinha Bedford - é a ford Transit dos ciganos, para quem não sabe. Ter uma carrinha Bedford e ganhar o euromilhões mesmo sem jogar! Isto, sim, seria vida. Aliás, acho mesmo que todos nós deveríamos ter uma Bedford e ganhar o euromilhões. Por exemplo, acabávamos o curso e o Estado era obrigado a dar uma Bedford a cada cidadão e ao Daniel Oliveira também! Sim, porque eu acredito que cada tipo deve poder fazer consigo o que quiser desde que não chateie o outro, não cheire mal, nem peça subsídios ou audiências a quem deveria ter mais do que fazer.
Neste sentido, de acordo com uma tese que eu estou a fazer nas horas de trabalho, há apenas dois tipos de pessoas em todo o mundo; as que nas viagens Braga-Porto/Porto-Braga entram e saem na Cruz e as que saem e entram em Braga. Agora que me lembro, sempre fiz essa viagem de comboio, o que, segundo Lacan, quer dizer que eu sou um indivíduo fenomenal. Aliás, quer mesmo dizer que eu sou um gajo do caralho! Sim, ainda no outro dia - ia eu calmamente na rua a distribuir charme - me disseram; "Basta olhar para si que vê-se logo que você é uma figura proeminente!" Refutei e disse que essa figura tinha outro nome e uma cara consideravelmente menos amiga da beleza. A pessoa em causa anuiu à minha resposta e convictamente reconsiderou a opinião acerca da minha personalidade. Depois, ainda acrescentei: "um ataque só merece defesa quando é completo, isto é, quando se conhece o sujeito e este se dá voluntariamente a conhecer. Um covarde permanece irremediavelmente aprisionado na sua própria covardia: vive penosamente, no estupor da sua condição sub-humana, sedento da gratificante admiração alheia". A senhora, admirada, ia reagir, mas atempadamente percebeu o que eu quis dizer, e - vi-lhe nos olhos - entendeu que eu não estava a falar dela. Antes de me virar costas disse: "concordo consigo. Essa deveria ser a nossa natureza. O covarde foge a brigas, fala baixinho e encosta-se aos poderosos, em quem se refugia para atacar escondido, como um sniper que atira a alvo incauto. É nocivo e é repulsivo".
Faz muita falta a retórica, ainda que demagógica: há momentos críticos em que só a demagogia aponta a saída. A demagogia é a falta de paciência para aturar quem tem uma visão telenovelesca do mundo. E, depois, há aquele embaraçoso servilismo dos "xótores", curiosamente tão próprio a quem critica a estratificação de classes e os carreirismos alheios, obnubilando o seu próprio!
Eles são tão eloquentes, independentes, assertivos, loquazes, excepcionais, extraordinários, disertos, originais, significativos que quando morrerem a inscrição tumular será quase uma tábua onomástica!
O meu maior sonho é ter uma carrinha Bedford - é a ford Transit dos ciganos, para quem não sabe. Ter uma carrinha Bedford e ganhar o euromilhões mesmo sem jogar! Isto, sim, seria vida. Aliás, acho mesmo que todos nós deveríamos ter uma Bedford e ganhar o euromilhões. Por exemplo, acabávamos o curso e o Estado era obrigado a dar uma Bedford a cada cidadão e ao Daniel Oliveira também! Sim, porque eu acredito que cada tipo deve poder fazer consigo o que quiser desde que não chateie o outro, não cheire mal, nem peça subsídios ou audiências a quem deveria ter mais do que fazer.
Neste sentido, de acordo com uma tese que eu estou a fazer nas horas de trabalho, há apenas dois tipos de pessoas em todo o mundo; as que nas viagens Braga-Porto/Porto-Braga entram e saem na Cruz e as que saem e entram em Braga. Agora que me lembro, sempre fiz essa viagem de comboio, o que, segundo Lacan, quer dizer que eu sou um indivíduo fenomenal. Aliás, quer mesmo dizer que eu sou um gajo do caralho! Sim, ainda no outro dia - ia eu calmamente na rua a distribuir charme - me disseram; "Basta olhar para si que vê-se logo que você é uma figura proeminente!" Refutei e disse que essa figura tinha outro nome e uma cara consideravelmente menos amiga da beleza. A pessoa em causa anuiu à minha resposta e convictamente reconsiderou a opinião acerca da minha personalidade. Depois, ainda acrescentei: "um ataque só merece defesa quando é completo, isto é, quando se conhece o sujeito e este se dá voluntariamente a conhecer. Um covarde permanece irremediavelmente aprisionado na sua própria covardia: vive penosamente, no estupor da sua condição sub-humana, sedento da gratificante admiração alheia". A senhora, admirada, ia reagir, mas atempadamente percebeu o que eu quis dizer, e - vi-lhe nos olhos - entendeu que eu não estava a falar dela. Antes de me virar costas disse: "concordo consigo. Essa deveria ser a nossa natureza. O covarde foge a brigas, fala baixinho e encosta-se aos poderosos, em quem se refugia para atacar escondido, como um sniper que atira a alvo incauto. É nocivo e é repulsivo".
Faz muita falta a retórica, ainda que demagógica: há momentos críticos em que só a demagogia aponta a saída. A demagogia é a falta de paciência para aturar quem tem uma visão telenovelesca do mundo. E, depois, há aquele embaraçoso servilismo dos "xótores", curiosamente tão próprio a quem critica a estratificação de classes e os carreirismos alheios, obnubilando o seu próprio!
Eles são tão eloquentes, independentes, assertivos, loquazes, excepcionais, extraordinários, disertos, originais, significativos que quando morrerem a inscrição tumular será quase uma tábua onomástica!
um dia vou perceber um destes posts, a sério que vou.
"e uma cara consideravelmente menos amiga da beleza"
eheheheheheheheheheheheheh
Bedford
ehehehehehehehe
PARTES TUDO!!!!!
Anda por aqui tudo ao mesmo tempo!!! Orgia?
Ao primeiro anónimo, só lhe posso dizer, meu amigo, também eu, também eu!
Ao segundo anónimo, muito obrigado pelos "elogios" e, de facto, estou a ficar com uma já considerável estampa. Parafraseando o mítico Zé da Adega Transmontana: "rachas-me os bancos"!
eheheheheheh, para ti também!