Doces declarações de afecto

Bom, quem me conhece sabe que não sou de dizer os chamados palavrões (eu, atenção, eu e não este burro do Dr. Etcétera) nem tampouco dou azo a uma qualquer variante de linguagem machista para desqualificar o que quer que seja. Ou quem quer que seja. Nisto tenho muito de BE. Mas há, contudo, uma excepção. É quando jogo à bola.

Quase sempre, quando a jogada não corre como deveria - o remate sai ao lado, ou simplesmente fico sem a xixa - dou por mim a gritar um estranho: "PUTA!". Apercebi-me desta estúpida repetição e comecei a ver que muitos jogadores têm o mesmo ímpeto perante os seus fracassos com a xixa. Encontro duas explicações:

1- Chama-se puta à bola porque ela não nos é fiel e vai com quem paga/pega melhor. Neste caso com quem tem uns pés mais delicados e aptos para a arte.
2- A emergência de expressões machistas está intimamente ligada à experiência - real ou imaginada - do fracasso de quem as enuncia. Exactamente, tal e qual o que estão a pensar.

De qualquer modo vou ver se substituo a expressão "PUTA!". Pah, desagrada-me. Até porque, para ser totalmente coerente com a lógica patriarcal, teria que gritar "AMO-TE" de cada vez que marcasse um golo. E, sinceramente, já me chega o ridículo de jogar bem pior do que o Nuno Gomes.

3 Response to "Doces declarações de afecto"

  1. Anónimo says:

    Há algumas "personagens" nos blogs que são difíceis de entender. Mas você é muito provavelmente aquela mais depressa passa de palerma (e estou a ser generosa) a genial!

    Tu jogas à bola?

    Anónimo says:

    Em vez de de PUTA devias gritar aquelas palavras que costumas utilizar no blog para afirmar a tua eloquência vocabular.
    Para além de treinares a teu indíce de vocábulos a utilizar neste blog, ainda terias a vantagem de baralhar os adversários para uma possível situação de recarga.
    Até Sábado!!!!

    Abraço.

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