Invenções invisíveis e outras manifestações completamente espectaculares e de profunda pulsão unitária
By Anónimo
on terça-feira, 23 de setembro de 2008
18:24
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voto mosquita e ferro em quem não o faz
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6 Comments
Enganas-te, meu romântico amigo. Se fosse por cá, nenhum dos alunos teria morrido. É que tinham o Magalhães (esse indestrutível computador 33% português) para se defenderem dos tiros. Tipo o escudo do He-Man. Seria a tecnologia ao serviço do povo.
Com todo o respeito, meu literado amigo, enquanto professor não tens o dever de tentar contribuir para o aumento da qualidade do ensino? Por um lado criticas o ensino, quem o faz, quem cria o seu sistema, quem participa nele e mais não sei o quê, por outro dizes com algum orgulho (ver alguns posts atrás) que este ano não vais dar aulas porque te esqueceste de candidatar...
"enquanto professor não tens o dever de tentar contribuir para o aumento da qualidade do ensino?" Esta é muito boa! Digna dos Contemporâneos.
Quanto ao resto, não entendi o binómio. Não vejo sentido contrário na tua afirmação. Se eu critico, é natural que me regozije por lá não estar. Vê os meus postes, se os quiseres realmente perceber, como o abjurar de alguém que se cansou.
Alguém que se cansou aos 20 e poucos anos? Depois de quantos anos de ensino?
Eu vejo sentido contrário na afirmação, ou se quiseres, vejo resignação, acomodação. E não entendo qual a tua admiração pela primemira parte. Claro que enquanto membro do sistema de ensino, tens o dever de contribuir para a sua qualidade. Se não forem os professores, vai ser quem?
Ponto prévio: NÃO HÁ SENTIDO CONTRÁRIO NA TUA AFIRMAÇÃO, FODA-SE! VAI LÁ LER O QUE ESCREVESTE, CARALHO!!!!
Tenho alguma dificuldade em responder-te, confesso. Não estou só cansado do ensino, estou cansado (ponto). De quase tudo. Dizem que não há mística sem ascese e creio que a minha se está aprofundar quase até aos limites da autodestruição. Dou por mim a ler o escreves (neste caso, porque a tua opinião vai de encontro à de uma larga maioria, por isso não é para ser personalizada) e perguntou-me se estarei de facto louco. Se podemos apelidar de resignados e acomodados quem não celebra do silêncio subornado, não sei já o que mais dizer. Creio que me julgas mal. Acredito que o nosso todo (a vida do dia-a-dia, se assim quisermos) comparece no mais intolerável vazio com se renunciássemos a tudo em favor de uma existência cegante em relação ao que nos cerca. Tento não ser assim. Acho eu! Eu não invento os monstros só para não ter que dizer que tenho medo da minha sombra. Eles existem e devoram-nos o ser e a substância. Ou, se calhar, não. Eu é que, porventura, já confundo a visão e o visto.
"Se não forem os professores, vai ser quem?" É a chamada interrogação que se converte em mística empresa. Como se os professores não fossem o resultado mais profundo de um nada onde tudo se inclui, ou de um todo separado do nada...
Quanto ao resto, queres entrar em querelas políticas. E isso não é o meu forte. Repito: as minhas críticas seriam as mesmas fosse qual fosse o partido a aplicar estas medidas no ensino. Não uso teias nos olhos. Nem nos dedos das mãos.
Não te condeno por estares cansado e não te condeno por discordares inteiramente do sistema de ensino. A única coisa que te queria fazer ver é que poderias ser muito mais útil numa sala de aula a ensinar aos putos de hoje que o ensino é mais do que números e letras. Poderias fazer a diferença, por muito pequena que fosse. Tu e todos aqueles que, como tu, se resignam.
Mostrares todas essas ideias numa caixa de comentários num blogue não chega. Para isso temos a Adega onde podemos falar destas merdas e da Liga dos Últimos enquanto comemos panados com três dias...
O mestre moela está a precisar de umas aulas de filosofia 11ºano, mais concretamente de Lógica, conhecimentos BÁSICOS digamos...penso que vou mostrar o "raciocínio" dele aos meus alunos...eles destroem-no em 5 minutos, piece of cake!!
Professor ele não é (óbvio, senão não dizia a estupidez que disse), espero que não seja psicólogo ou coisa do género...