O Cajuda é o Luís Delgado do futebol. É verdade que nem sempre a inteligência se mede por padrões universais, mas o Cajuda exagera. Não sei se é daquele sotaque anasalado de quem levou uns bananos jeitosos em catraio, se é o manancial de dispiciendas afirmações do tipo "eu vou para ali fazer aquilo" e a consequente explicação "porque sei, de facto, fazer aquilo" assim quebrados de forma luzidia por Cajuda que me relança para a morte.

Atentemos no flash-interview de hoje:

Repórter: "Blá blá blá 0-0 é um bom resultado?"

Cajuda (com encardida cara de burro): "Blá blá a mim pagam-me para ser positivo. Acredito que sim. Sendo muito positivo 2 meios a zero bastam para passarmos"

Repórter (com cara de gozo): "Mas agora meio a zero não basta. Tem que marcar um golo!"

Cajuda (surpreso, ainda com encardida cara de burro, e a esforçar-se por conseguir ter alguma piada): "Se há quem fique descontente com este resultado que fique. Eu não fico. E estivemos perto de marcar um golo."