Não há regionalização para eles
O mais recente abandono do projecto do IINL (Instituto Ibérico de Nanotecnologia), por parte do seu director executivo, demonstra a dureza dos factos no que à regionalização diz respeito.
Segundo notícia o jornal Público, e tal como Ricardo Rio tinha já enunciado aqui, Carlos Bernardo ter-se-á demitido por temer que o IINL se tornasse num folclore institucional por força do ímpeto centralista do governo. Concretamente, Bernardo terá manifestado a sua total discordância quanto à gestão centralista das verbas que seriam alocadas ao instituto. No fundo, o dinheiro do instituto seria gerido e distribuído pelo poder central (seja pelo ministério da ciência ou por qualquer outro intermediário).
O que tem isto a ver com a regionalização? Tudo. Vem provar que sem vontade política nada se faz. Podem ludibriar-nos com 10, 100, 1000 regiões que a questão essencial há-de ser sempre a mesma: vontade política. É por isto que demonstro reservas quanto ao "folclore regionalista". Sem haver uma profunda reformulação do pensamento político nacional e sem protagonistas que entendam o que é a verdadeira regionalização de competências, não vale a pena avançar para um modelo condenado à vacuidade.
Para isso, mais vale, como eu defendo, esgotar as potencialidades do modelo autárquico e as sinergias que se podem criar entre concelhos, sem a artificialidade de modelos políticos. Isto está já hoje nas nossas mãos, é seguro que funciona e só não vemos mais exemplos disso mesmo por inabilidade e mesquinhez dos agentes políticos autárquicos.
P.S.: Da Câmara Municipal de Braga nem uma palavra...Pudera, sendo o governo rosa, manda a ditosa.
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