a educação e as novas oportunidades

poderia acrescentar algo mais ao muito que já vem sendo dito sobre o estado da Educação em Portugal mas prefiro aproveitar a oportunidade para "defender" a iniciativa novas oportunidades. Os jovens que apresentem um perfil de insucesso escolar, risco de abandono escolar ou tenham efectivamente abandonado a escola sem completar a escolaridade obrigatória são frequentemente encaminhados para formação profissional. Aí, entre outras modalidades de formação existe uma, Cursos de Educação e Formação, que confere dupla certificação, ou seja, escolar (9º ou 12ºano) e profissional (nível 2 ou 3), na qual os jovens têm formação nas componentes sócio-cultural (Língua Portuguesa, uma língua estrangeira, TIC, Cidadania e Mundo Actual, Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho), científica (Matemática Aplicada e outra dependente da área profissional, Físico-Química por exemplo) e tecnológica, igualmente de acordo com a área profissional. A carga horária de cada disciplina varia consoante a tipologia e condição de acesso dos formandos, bem como da certificação.
Enquanto que um aluno que esteja no 7º ano poderá transitar para o 8º com 5 negativas, os jovens que frequentem esta modalidade de formação, para conseguirem o 9º ano, terão de obter uma classificação mínima de 3 (escala de 1 a 5) em cada uma das disciplinas, bem como cumprir um limite mínimo de 90% da carga horária total da formação, mesmo que as faltas sejam justificadas.
No final do período de estágio (formação em contexto de trabalho) têm ainda de realizar perante um júri uma prova de avaliação final (PAF) após a qual obterão então a certificação pretendida.
A maioria dos jovens que "opta" por esta modalidade de formação encontra-se absolutamente desmotivado para o ensino, não conhecendo qualquer valorização do seu capital social, tão pouco.. enquanto que um menino, a julgar pelo que tenho lido, pode passar administrativamente, estes jovens têm de trabalhar o dobro.
Podem alegar que a Formação Profissional está conotada com o facilitismo. Isto deve-se em grande parte às campanhas de promoção do nosso governo que conseguiram descredibilizar completamente a iniciativa. O sistema de Formação Profissional, tal como foi concebido, resulta nas vertentes de estratégia e certificação; falha ao nível dos incentivos e da fiscalização ao nível da certificação. Ainda assim existe mérito!!

5 Response to "a educação e as novas oportunidades"

  1. Anónimo says:

    convém não "esquecer" que eles, os alunos, são pagos. auferem uma remuneração. mais um conjunto de regalias. certo?

    dr. etc

    recebem subsídio de alimentação equivalente ao da função pública mais subs. de transporte qdo aplicável, isto é, se utilizar transporte público é ressarcido no valor do passe,além do material escolar.

    as faltas são descontadas na bolsa.

    Joaninha estás a defender a tua dama ou melhor o teu emprego, pois muito bem mas, relativamente ao programa novas oportunidades a única oportunidade que vejo é a de ter um portátil de graça ou por um preço irrisório e enganarmos a estatística da união europeia.

    Mais uma acha para a fogueira:

    «O critério supremo da política educativa e da escola passou a ser o melhor interesse do aluno», Vital Moreira, no Público

    alex, o programa novas oportunidades contempla diversas modalidades de formação, orientadas para diferentes públicos-alvo..algumas com mais mérito que outras.

    neste post refiro-me apenas aos cursos de educação e formação de jovens. se achas que existe facilidade, vem perguntar isso aos miúdos que estão nas turmas nas quais eu sou e serei coordenadora! :)

    precisamente porque entendo que o interesse do aluno está no desenvolvimento das suas capacidades e competências em termos holísticos! respondi-te bruno? :)

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