Vladimir Holan (vai lá a wikipédia, ó baluarte do braguismo e das coisas da cidade em geral, que só te faz bem...)

Nem era para cá vir. Estava já a escrever um bilhete a minha estimada mãe, mais ou menos nestes termos: Velha (é assim que chamo por minha mãe, para quem não sabe), vou sair, para ver se encontro a defesa do Sporting. Provavelmente, não regressarei tão cedo, na medida em que o Abel e o Polga são gajos esguios e que gostam de subitamente desaparecer quando vêem alguém em sua direcção! Beijos do teu mais do que tudo. E um homem quando escreve um bilhete deste teor a sua mãe, é porque algo de sério se passa. Ou, então, é apenas porque o Sporting não joga um caralho. O que, há uns tempos, era assunto de maior desgosto para meu pobre coração. Hoje em dia, tenho outros Sportings. São fases. Como quando se passa da masturbação ao sexo. Não se passa? A sério? Há quem não passe? Então, mas o Gabriel fez aquela do afundar o ganso e mais não sei o quê e agora vocês vêm dizer-me que há quem se esgote na palma da própria mão? Vocês vêm dizer-me que ainda há quem não se saiba distrair? Ainda há quem procure o sol nas pontas dos seus próprios dedos? Foda-se... E o tempo passa, passa, passa e nada?!? Pronto, tudo bem... Cada um na sua própria diferença, certo? Mas, ainda assim, partilharei convosco uma coisa. Bem, é que... Bom, tenho tenho um pavor provecto. Daqueles enraizados fundo, nos gestos mais pequenos, nos olhares mais discretos, nas palavras mais ímpias. É um pavor que não controlo. Por isso é que pavor, ó burro! Ok, exacto, peço desculpa pela redundância. 'Tá bem, por esta passa... Desde que digas qual é esse pavor!! Ok, o meu maior pavor é ficar fechado numa sala (ou na blogocoisa) com uma criança que não se sabe entreter sozinha. Pá, nem que seja a pôr o Ken a montar a Barbie ou G.I. Joe's todos ao molho num grande festim panisgas. Pá, sou liberal! Desde que não me ponham apanhar restos de cola da paredes. E, lá está, voltamos ao mesmo. Os punheteiros da intelectualidade. Impolutas cavalgaduras que a cada letra (letra, amigos, nem sequer é na palavra, basta uma letra...) deixam resvalar o tédio que lhes assalta a intimidade. E um gajo tem que ser injustamente punido apenas por ter olhos na cara e curiosidade no espírito? Tem que andar a ser fustigado por indirectas de aborrecimento e notória auto-comiseração? Não creio. Por isso, fode-te, pá! Tenho agora que andar a aturar gnomos transmontanos ou lá o caralho, queres ver?!? E, finalmente, poupem-me a comentários que indiciem que este meu post é uma "over-reaction", ok? Também o caralho das gravatas do Goucha, o incumprimento do protocolo de Kyoto, o penteado do Fucile e os discursos do Louçã o são e mesmo assim andam aí como abelhas no azeite! No mel, pá, no mel!!! Pois, claro! No azeite são os diabéticos, não é?

3 Response to "Vladimir Holan (vai lá a wikipédia, ó baluarte do braguismo e das coisas da cidade em geral, que só te faz bem...)"

  1. Tu é que és lindo. Uns dias és o maior adepto do Mundo, nos outros não curtes muito o futebol...

    Vandinhos meu amigo, é o que eu te digo...

    Anónimo says:

    Bale, até te compro os bilhetes para Paris...

    Em Paris também há net. Não te adianta muito

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