CPLP a 2 tempos

Não sei se repararam mas o Chefe de Estado da Guiné-Bissau foi enterrado ontem, após o seu assassinato brutal.
Sendo a Guiné-Bissau membro da CPLP, interrogo-me porque é que não estivemos representados ao mais alto nível nesta cerimónia? Seria uma altura ideal para intervir politicamente na pacificação da região, uma oportunidade tristemente perdida.
Do Brasil nada. José Eduardo dos Santos pisgou-se para Portugal. Sócrates tinha de o entreter. Fomos representados pelo Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação.
A mim parece-me pouco.
Curioso o facto de JES visitar a sede da CPLP no dia do Funeral de "nino" Vieira.
Para mais, Sócrates está hoje em Cabo Verde, outro membro da CPLP.
Face a tragédia que se viveu em Bissau e à clara divisão que se denota nas fileiras politicas locais, a CPLP deveria ter tido uma intervenção clara pois, não sei se sabem, é um dos seus. Um dos nossos.
Foi uma reacção muito estranha. Devia ter havido uma intervenção mais forte, mais presente. Lamentar o sucedido e esquecer não é o papel que esperava desta Instituição ou dos nossos mais altos representantes.
Se acontecesse o mesmo no "el dorado"Angola? Todos reagiriam como se se tratasse de mais um atentado no Iraque do género "olha para o lado e segue pra bingo"?

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