A realidade longe do Parque Eco-Monumental
O projecto que a Junta de Freguesia de S. Victor se tem mais batido é a criação do parque Eco-Monumental das Sete Fontes, que contempla a preservação do antigo complexo hidráulico datado do século XVIII.
Nos últimos dias, temos constatado a vinda a terreiro por parte do Presidente daquela autarquia defender a menina dos seus olhos, alertando para a possibilidade das obras de construção do novo hospital de Braga destruir parte do complexo monumental das Sete Fontes. Desta forma, numa atitude preventiva, o referido autarca solicitou a intervenção do IGESPAR por forma a acautelar possíveis tentações por parte da construtora.
Tal trabalho meritório deve ser elogiado, pois convém não esquecer que estamos perante um monumento classificado como património nacional.
Certamente que a transformação do complexo das Sete Fontes num grande parque dirigido para a fruição pública e para a salvaguarda efectiva do património existente é uma ideia bem vinda por parte de todos os bracarenses. Acontece que a concretização de tal projecto se depara com um sem número de obstáculos. Um dos obstáculos prende-se com a pressão urbanística nos terrenos das Sete Fontes, uma vez que grande parte desses terrenos são propriedade privada. A acrescer a isto, aquando a última revisão do PDM, não foi salvaguardado aquele espaço, estando aqueles terrenos dotados de capacidade construtiva, não obstante da zona de protecção de 50 m. Certo é que se projecta novos espaços habitacionais na zona do Areal e nas imediações do Colégio das Sete Fontes.
Posto isto, tendo o Município gasto milhares de euros em equipamentos de utilidade duvidosa, penso que é altura de abrir os cordões à bolsa e investir na preservação do património da nossa cidade!
Julgo que as 7 fontes são um reflexo do que se passa por toda a cidade...