A cultura no Minho

Tenho já dito várias vezes que 2012 é A oportunidade para Guimarães se afirmar aquém e além fronteiras. Há mais de vinte anos que por cá (mais exactamente lá, no Berço) se luta - melhor ou pior - pela cultura e pelos hábitos culturais.

As quartas-feiras culturais dos anos 1980 no Teatro Jordão ainda hoje povoam o imaginário colectivo de quem viveu essa época. Eventos como o há muito acabado festival internacional de cinema (que o senhor do Fantasporto frequentava antes de criar o seu próprio festival), o Guimarães Jazz e os Encontros da Primavera (os três criados pela mesma associação - Convívio), o trabalho da Sociedade Martins Sarmento e do Cineclube de Guimarães (unanimemente considerado o melhor do país) são exemplos da dinâmica cultural que a cidade tem ou foi tendo. E atente-se que todos os exemplos que dei são obra de associações e não da autarquia. Há também as iniciativas da Câmara, onde se destaca a construção do Centro Cultural Vila-Flor.

Claro que a candidatura de Guimarães surgiu de forma inesperada, qual prenda (envenenada?) do Governo a António Magalhães. E da forma como está a avançar, só lá para 2015 é que teremos o projecto de 2012 pronto... A oportunidade do século pode muito bem tornar-se no "barrete" do século.

Conteúdos sem infra-estruturas de nada servem. A região do Minho está, neste momento, muito bem servida em termos de infra-estruturas. Em Guimarães, uma solução como a da construção do CCVF era absolutamente necessária, pois a cidade não podia viver ad eternum do auditório da Universidade do Minho... Quanto a Braga e ao seu Circo, é uma realidade que não conheço bem.

A Casa da Música é uma aposta ganha, embora tenha tido os problemas iniciais (atrasos de construção e o tempo que demorou a "olear a máquina"). Neste momento tem uma programação fortíssima em várias áreas, atraindo gente de todo o país para os seus eventos.

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