Mas há ou não uma contradição entre estes grandes projectos e os pequenos problemas que ainda hoje persistem nas empresas e economia portuguesa, por exemplo ao nível da gestão qualificada e responsável?
Sobre o Avepark, não vejo com clareza que a solução para tornar dinâmica uma região (ou um concelho, vá) resida num parque industrial para empresas "tecnológicas".
O Instituto de Nanotecnologia certamente que trará grandes benefícios para a península Ibérica e, naturalmente, para a região onde se encontra sedeado, pois espera-se que seja um centro de investigação científica de referência a nível mundial.
Talvez a ideia de tornar a região numa espécie de Silicon Valley para o século XXI resulte... Espero que sim...
Anónimo
says:
22/10/08 10:57 da tarde
Não me parece que haja contradição e passo a explicar porquê. O projecto ferroviário português não só está há anos engavetado como tem vindo a ser destruído pelos sucessivos governos e do meu ponto de vista ele é estratégico. Em primeiro lugar, ambientalmente é um meio de transporte limpo; depois porque é rápido e eficaz; e em terceiro lugar porque permite diminuir a dependência energética. Em sentido diverso não posso deixar de reiterar o que já anteriormente tenho dito: "Na linha espanhola da "AVE" Madrid-Córdoba-Sevilha, com cerca de 645 km a separar a primeira da terceira cidade, apenas se faz uma paragem na segunda cidade. A proposta final apresentada da Ligação Porto-Vigo, que dista apenas 150 km, é de duas paragens, as duas nos primeiros 60 km (Aeroporto Sá Carneiro e Cidade de Braga). Uma pergunta fica no ar. Será que o TGV vai atingir altas velocidades, ou tão só velocidades altas?" E permitam-me ir mais longe: tudo isto porque infelizmente ainda funcionam as lógicas de bairro que anteriormente falei.
Ora, João focas um grave problema (para mim o maior) da economia portuguesa: a má qualificação da gestão e de quem a põe em prática.
Isto é aplicado tanto ao gestor privado (de PME e algumas grandes) como o público. Resquícios de outras épocas onde o mérito era secundarizado pelo local onde se nasce ou quem se conhece. Há males que ainda perdurem.
Talvez, Luís. Mas eu continuo sem perceber o porquê de uma linha desse género para uma distância tão curta. Temos as linhas de alfa-pendular que estão muito aquém da sua capacidade em termos de velocidade. Porque não melhorar estas e poupar rios de dinheiro? Para quê construir tantas linhas de alta velocidade se a tecnologia que já existe pode ser melhorada, alcançando resultados que satisfazem as necessidades regionais e nacionais, com uma grande poupança?
Anónimo
says:
22/10/08 11:03 da tarde
Há quem no passado queira ter feito do AvePark um Parque Industrial. E também há quem já se tenha rendido às evidências. Se dúvidas restassem quanto à importância das empresas que nele se instalaram, a aposta da Universidade do Minho e do projecto 3B's,relacionados com a inverstigação da regeneração de tecidos é a prova de que havia quem andasse enganado, ou quem andasse a querer enganar. Lá diz o adágio: "o pior cego é aquele que não quer ver".
Um blogue roubado à vontade de dizermos o que queremos. Por uma ilusão de liberdade num deserto de pedregulhos. Uma morte simbólica neste admirável mundo novo que se soçobra.
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Email: fontesdoidolo@gmail.com
Um espaço novo que integra um edifício (blogosfera) que alberga o conjunto arqueológico, de forma a protegê-lo e enquadrá-lo ao criar as condições climatéricas necessárias para que não se degrade.
Ao longo de seis meses, alternando entre a Velha-a-Branca e o Salão Pedro Remy, na última segunda-feira do mês, três bloggers conversam com duas personalidades de áreas (mais ou) menos interligadas no quotidiano dos dias.
Mas há ou não uma contradição entre estes grandes projectos e os pequenos problemas que ainda hoje persistem nas empresas e economia portuguesa, por exemplo ao nível da gestão qualificada e responsável?
Eu penso que há, João.
Sobre o Avepark, não vejo com clareza que a solução para tornar dinâmica uma região (ou um concelho, vá) resida num parque industrial para empresas "tecnológicas".
O Instituto de Nanotecnologia certamente que trará grandes benefícios para a península Ibérica e, naturalmente, para a região onde se encontra sedeado, pois espera-se que seja um centro de investigação científica de referência a nível mundial.
Talvez a ideia de tornar a região numa espécie de Silicon Valley para o século XXI resulte... Espero que sim...
Não me parece que haja contradição e passo a explicar porquê. O projecto ferroviário português não só está há anos engavetado como tem vindo a ser destruído pelos sucessivos governos e do meu ponto de vista ele é estratégico. Em primeiro lugar, ambientalmente é um meio de transporte limpo; depois porque é rápido e eficaz; e em terceiro lugar porque permite diminuir a dependência energética. Em sentido diverso não posso deixar de reiterar o que já anteriormente tenho dito: "Na linha espanhola da "AVE" Madrid-Córdoba-Sevilha, com cerca de 645 km a separar a primeira da terceira cidade, apenas se faz uma paragem na segunda cidade. A proposta final apresentada da Ligação Porto-Vigo, que dista apenas 150 km, é de duas paragens, as duas nos primeiros 60 km (Aeroporto Sá Carneiro e Cidade de Braga). Uma pergunta fica no ar. Será que o TGV vai atingir altas velocidades, ou tão só velocidades altas?" E permitam-me ir mais longe: tudo isto porque infelizmente ainda funcionam as lógicas de bairro que anteriormente falei.
Ora, João focas um grave problema (para mim o maior) da economia portuguesa: a má qualificação da gestão e de quem a põe em prática.
Isto é aplicado tanto ao gestor privado (de PME e algumas grandes) como o público. Resquícios de outras épocas onde o mérito era secundarizado pelo local onde se nasce ou quem se conhece. Há males que ainda perdurem.
A Região do Minho está em letargia. A sua indústria ainda não encontrou um novo rumo.
Daí a minha última pergunta e a reflexão que fiz no trio de bloggers.
Talvez, Luís. Mas eu continuo sem perceber o porquê de uma linha desse género para uma distância tão curta. Temos as linhas de alfa-pendular que estão muito aquém da sua capacidade em termos de velocidade. Porque não melhorar estas e poupar rios de dinheiro? Para quê construir tantas linhas de alta velocidade se a tecnologia que já existe pode ser melhorada, alcançando resultados que satisfazem as necessidades regionais e nacionais, com uma grande poupança?
Há quem no passado queira ter feito do AvePark um Parque Industrial. E também há quem já se tenha rendido às evidências. Se dúvidas restassem quanto à importância das empresas que nele se instalaram, a aposta da Universidade do Minho e do projecto 3B's,relacionados com a inverstigação da regeneração de tecidos é a prova de que havia quem andasse enganado, ou quem andasse a querer enganar. Lá diz o adágio: "o pior cego é aquele que não quer ver".
Como eu disse, não vejo ainda com clareza a utilidade deste projecto. Só o tempo permitirá fazer um balanço.