Um "piqueno" tratado


O "protocolo do quadrilátero", e outros como tais, são, na minha opinião, uma resposta ao "centralismo" que grassa no nosso País. Ora, se tudo corresse bem, isto é, a organização política-administrativa que vigora actualmente no nosso país fosse competente e abrangente nem estaríamos aqui a pôr em causa o sistema actual nem os concelhos se agrupavam em estruturas que escapam ao modelo político-administrativo actual.


É necessário descentralizar. Será que a Regionalização é a panaceia para todos os males do Minho? Não. Nem vamos por aí, pois não há mal que sempre dure nem cura que sempre cure.


As consequências do centralismo podem se visualizar a partir de qualquer qualquer recanto minhoto. Poderão dizer que o problema não é o sistema político-administrativo actual mas sim de quem governa e quem põe em prática o "sistema". Mas também diziam o mesmo sobre o sistema comunista da antiga URSS. Como dirão também os neoliberais sobre a crise actual e a falência do seu sistema e falácia em que se tornou a sua filosofia. Não. O sistema administrativo está em falência técnica. Provas não faltam. É necessário uma reforma administrativa que corrija e anule os problemas do centralismo. Para isso só vejo uma forma: dar o poder da decisão política às estruturas regionais a criar. Embora a forma como implementar e como irá vigorar uma possível Regionalização esteja por se discutir, para mim, é inegável que o sistema actual está falido e é necessário mudá-lo.Por isso, o futuro terá que passar por onde o outro sistema falhou, isto é, pela Regionalização.

2 Response to "Um "piqueno" tratado"

  1. Caro Marco

    O sistema não falhou. Não está é completo. Quando o legislador constituinte redigiu a parte respeitante à organização administrativa pensou num modelo a três niveis: Regiões, Municípios e Freguesias. Falta completar o modelo.

    Tens razão. Falha por que não está completo.

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