(in)justiça

Há uma expressão popular que cada vez mais se aplicada à política deste governo. Chamam-lhe "distribuir o mal pelas aldeias" e geralmente serve para "disfarçar" a falta de condições ou capacidade de organização, entre outros.
Uma das "iniciativas" inseridas neste "programa" diz respeito à obrigação imposta aos professores de comunicarem acumulação de horas caso ultrapassem as 6 horas diárias de leccionação (escolas mais formação). Assim, um professor/formador que esteja colocado numa escola, ainda que só tenha em determinado dia um tempo atribuído, só pode dar nesse dia mais 5 tempos, apesar de ter o dia quase inteiramente livre.
Não me parece ser qualquer tipo de critério pedagógico que está na base desta decisão política. Mais parece que esta regra é imposta claramente para que os inúmeros professores que não foram colocados, tenham oportunidade na formação profissional ou vice-versa, caso os professores não aceitem a colocação, para diminuir a taxa de desemprego.
O ritmo e o limite de cada profissional não pode ser quantificado em "6 tempos", ou mais, tão pouco menos. Um professor que tem uma manhã completa estar impossibilitado de dar aulas de tarde porque ultrapassou esse limite é que não me parece de todo razoável.
Acredito que medidas como esta possam ter impacto positivo e contribuam para a mudança e permitam a inserção de novos elementos no mercado de trabalho. Mas colocarem uma professora a "milhentos" quilómetros de casa, com todos os gastos que isso implica, para cumprir um tempo parcial e não lhe permitirem dar formação porque nesse dia tem 5 horas de aulas da parte da manhã...

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