cenas que caso eu fosse yank me fariam votar no velho ou então comprar uma shotgun e desatar ao tiros no refeitório de uma escola (vazia claro)
Cá vai o comentário deixado no "avenida central" e ainda à espera da aprovação de comentários. coisas da democracia.
«Então, João, tudo fino? Ossos e cremalheira no sítio? Sim? Ainda bem, ainda bem… Olha lá, rapaz, não tendo lido o texto a que te referes, não te importarás que implique apenas com o teu, pois não? Não? Ó(p)timo, ó(p)timo!! É que ando como uma vontadezinha de implicar que nem imaginas. E não tendo a duvidar destas vontades que se me assolapam a alma. ‘Tava fodido se tivesse nascido no tempo do gajo que malhou da cadeira, não era?
O que me traz ao encontro da tua missiva, resposta a uma opinião publicada num dos depósitos de ignorância bracarense, é muito simples: não tens razão, João. Epá, quase que dá uma rima de manjerico. Tenho que abrir um negócio desta merda.
Comecemos, imagina tu, pelo início. Caranguejos por aqui é que não! Que semos todos gente urbanizada e consciente, não é, João? Olha, vou partir de um benevolente princípio de boa fé e assumir que tens argumentos válidos para sustentar a tua opinião e que apenas não os colocaste neste texto porque tiveste que ir fazer algo de superior premência e de inevitável urgência, ok? Olha, e para poupar tempo em acusações em forma de conversa política, aquando das eleições eu assisto sempre de longe. Como compete a quem não se filia, porque já nasceu filiado: dispenso pais adoptivos, mas ainda assim reservo o direito às simpatias. Não vou muito é em, como é que se diz?, carneirismos. Carneiradas? Carneilhadas? Pá, não sei. Isto do novo acordo confunde-me o sistema.
João, ser contra por firmeza, apenas por isso, desculpa lá, mas é aquilo a que se pode chamar de birra. E a educação/formação ainda não é brincar aos "Kens e Barbies”. A não ser que se apanhe uma colega gostosa, né cara? Mas aí não há muito a fazer… Fraca é a carne que enrijece. Olha, recorrendo a parábolas das antigas, das do tempo do senhor das barbas, isto de matar a sede só se consegue com a água certa, não é?
O teu organizado e politicamente correcto texto seria apenas mais a meus olhos não fosse o último parágrafo. Seria mais um vindo de alguém que, aposto, João, aposto, não faz a mais pálida e pequenina ideia do que seja o programa novas oportunidades. Errei, João? Se calhar, errei… Mas que s’foda agora já o escrevi.
E o que dizes tu, no último parágrafo, caro escriba indignado. Uma jóia do mais puro caviar: “o analfabetismo era uma das grandes armas das ditaduras.” Era, era, era, era, era, o caralhinho, João! É! É! É! Não deixou de ser, rapaz! A não ser que para ti, tal como para os mentores do projecto, obter o 12º ano implique apenas resumir num currículo a vida do formando. É que, mais piroquice, menos piroquice, é disto que falamos! Sabias, não sabias, João?
O programa novas oportunidades tem como mérito (quase único, diria) pretender ser o sintoma de uma nação viva, auto-determinada e auto-mobilizadora. Naturalmente, os formandos concluída esta etapa, e ainda imbuídos das palermices que os discursos governamentais lhes incutem, sentem-se motivados e confiantes o suficiente para se julgarem cidadãos mais capazes. Embora (e este é um dos senãos) ainda permeáveis à demagogia política. É, provavelmente, uma qualquer sedução por uma suposta independência intelectual que os move. Quando na verdade, em nada eles se podem apresentar como estando mais bem preparados para se assumirem como cidadãos alfabetizados, meu caro! Porque o NO não lhes pede que adquiram a capacidade para reflectir sobre um enunciado, por exemplo! Não lhes pede para dissecar o conteúdo de uma mensagem política, por exemplo. Antes lhes transmite a ideia de que o esforço é quase sempre em vão. Sim, porque não creio que alguém guarde em si, mesmo no mais impoluto recanto de ingenuidade, que o objectivo deste programa é de facto fomentar e promover a formação e o aperfeiçoamento de capacidades da população portuguesa.
Ao contrário do que dizes que o cronista do DM escreveu, eu não importo que outros obtenham a mesma formação que eu tenho com menor esforço, ou por caminhos mais fáceis e com acessos mais desimpedidos. Do mesmo modo que não tapava a folha dos exames quando algum colega me pedia um espreitar. Interessa-me, aliás sempre me interessou, chegar ao fim com a perfeita noção de todo o caminho que acabara de percorrer. Não sei, mas estou em crer que parte do mérito de se chegar ao fim, está indubitavelmente em saber saborear os contratempos do caminho. Mas, admito também que possa ser avis rara neste assunto.
Por fim, e porque esta merda já vai longa, para se ser participante é fundamental saborear-se a sede de mudança. E sede, aqui na nossa confortável e indolente Europa ocidental, é algo que há muito ninguém sabe o que é, porque há muito tempo que ninguém tem sede de coisa nenhuma. Muito menos nós, os periféricos portugueses, nós que ainda padecemos da hesitante e atordoada macro-estratégia de desenvolvimento do país que há décadas nos perturba os planos. Não há povo unido, não há assalariados em luta, não surgem, sequer, dois ou três desempregados reivindicando para que os seus subsídios sejam pagos antes do fim do mês/ano. E programas como este servem apenas para fazer proliferar, camufladamente, este espécie de ditadura em que ainda vivemos, meu amigo!
A qualidade da massa crítica da nação portuguesa tem, na verdade, dimensão e profundidade semelhantes às minhas quando visito um blogue escrito em chinês.
E isto, das NO, dos Magalhães, dos comícios com tele-pontos xpto, é corrente chamar-se o mundo civilizado. Portanto, diz-me lá em que é que ficamos, sim?
Obrigado e atentamente à espera de sapiente diferimento!»
podes tirar o homem de portugal mas não podes tirar portugal do homem
Sugestão Cultural
POST ME! ARTE PELO CORREIO - Começa amanhã. Para quem gosta de cartas, artes e coisas ainda mais espectaculares, tais como guardar tempo de um Sábado para ir ver correio antigo. Eu, que nada faço e que me deixo sucumbir às teorias freudianas, vou.
"A turma" de Laurent Cantet - Para ver sem preconceitos, frases feitas e outras virtudes do nosso tempo. Deve chegar a Braga lá para 3028.
Por fim, uma aula da mais depurada epistemologia. Do perspectivista mor: Jesus. O Jorge. Daí a capitular.
uma pessoa, uma voz
"casos" que não dão 1ª página na medida em que não se passam no sporting, antes em clubes bem liderados e de balneário forte
Sempre a somar
Nos inquéritos iniciados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) há 22 anos, este é o pior mês do indicador de confiança dos consumidores, que baixou para menos 43,1 pontos em Outubro.
Obsessão com o défice público + a crise financeira internacional = Confiança dos consumidores portugueses ao nível mais baixo de sempre
Águas recebidas por mail
Se o arrependimento matasse
atenção que este video é sobre pornografia daquela que mete anões pretos e gajas chinesas nascidas em são julião de passos
os professores não querem e fica caro pagar tanta publicidade
Se concluiu o 12º ano através de um percurso formativo apoiado pelo FSE, nomeadamente através do Sistema de Aprendizagem, Cursos Profissionais, Cursos de Educação e Formação de Jovens, Centros Novas Oportunidades ou Cursos de Educação e Formação de Adultos, esta é a oportunidade de nos dizer como a sua vida mudou.
Envie-nos, até ao próximo dia 30 de Novembro, um texto (no máximo cinco mil caracteres) e dê-nos a conhecer a sua história de vida após a conclusão do Ensino Secundário.
Como recompensa à sua criatividade e empenho poderá ganhar vouchers de estudo no valor de 3.500 euros e de 2.000 euros, bem como a divulgação dos seus trabalhos na Feira da Juventude, Qualificação e Emprego - FUTURÁLIA.
Conte-nos como deu a volta ao seu futuro!
Lisboa: Câmara gasta mais de 240.000 euros/ano em rendas para recursos humanos e apoio órgãos municipais
O mais espectacular são os comentários.
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• Joana
Para quem não sabe apanhar na peida é um descanso...e é tão bom.
O meu marido enrraba-me dia sim dia não.
Levem na peida que vão ver que não se arrependem.
Bjs da amiga Joana.
Comentário submetido em 2008-10-29 às 15:19:55(Reportar comentário abusivo)
*
O Moiral
Pra santa Joana princesa.
Pois o Rapaz é pitosga qualquer buraco lhe serve, como o cheiro a trampa é tanto nem lhe desnota a diferença.
Vai tomar banho e não escrevas comentarios de MIERDA.
(...)
#
PRA JOANA
DÁ-ME O TEU CONTACTO
Comentário submetido em 2008-10-29 às 15:29:03(Reportar comentário abusivo)
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SHEN PING PONG
TB OS CHINESES NÃO TÊM AZULEIJOS, POR TB KEREM CASA, COMAM CLEPES
Comentário submetido em 2008-10-29 às 15:30:59(Reportar comentário abusivo)
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pilas
Ó JOANA
Se vieres comigo, é TODOS os Dias, nºao é como o Fraco do teu maridinho...
Comentário submetido em 2008-10-29 às 15:37:13(Reportar comentário abusivo)
os nossos governantes são os maiores da aldeia deles
Olá, bom dia! Então, o que vai ser? Olhe, era um curso universitário, se faz o favor!
E quais são as alternativas, ó reverências da educação?
As alternativas, caro Etc., passam pela aposta em medidas eficazes de apoio aos estudantes com maiores dificuldades.
Muito bem, ó ilustres algozes da educação, mas em que medida é esses processos agilizam os cérebros dos nossos alunos de modo a que estes subitamente consigam concluir o ano com sucesso?
Caro Etc., você está parado no tempo! Nem parece ter 27 anos! As idiossincrasias desta sociedade obrigam-nos a mudar, sabe? Repare que está provado que as repetições são «um problema que tem proporções catastróficas para os alunos». Na Finlândia e na Irlanda ninguém reprova!
Então, basicamente, eles só precisam de aparecer, certo?
Correcto! O tempo das avaliações aos alunos já lá vai! Agora é preciso avaliar os professores. Os alunos, não! Verá que desta forma se pode atingir bons desempenhos por parte dos alunos e resolver os problemas de insucesso escolar! O que interessa é não fomentar as pressões sobre os alunos! Há que pugnar por uma sociedade livre de pressões que podem originar danos perenes naqueles futuros cidadãos!
Mais boas notícias para o país idealizado por Sócrates:
Média positiva a Matemática em 96% das escolas
Matemática foi grande surpresa nos exames nacionais
Ministra preocupada com alta taxa de insucesso no 1º Ciclo (mãe, 'tás fodida...)
Notícias relativas a um mundo fora da circunferência Socrateana
Escolas privadas lideram ranking do Ministério (foda-se se eu percebo este resultado...!?! tudo do bom e do melhor no ensino público e depois dá nisto...)
Conselhos de um indivíduo sem preparação pedagógica ou qualquer mais-valia intelectual
Nuno Crato: "A concentração e o esforço são pouco valorizados na nossa sociedade"
Coisinhas boas e uma pequena pergunta: "para que caralho servem as associações de professores, para além de um puxar do lustro ao umbigo dos seus representantes?"
«A 1ª fase da prova de Português foi extremamente difícil, por isso, os resultados desceram. A prova de Matemática, como afirmou a Sociedade Portuguesa de Matemática, era simples e por isso as notas subiram» (a minha associação é bué melhor do que a tua, óbistes?)
Alguém podia explicar às bestas analfabetas que tratam do sector (lindo, lindo...) da educação no nosso país que o Plano Nacional de Leitura é bom para dar que fazer aos gaiteiros folheadores dos fascículos Harry Potter e das instruções sexuais para loiras frustradas e tomadoras de chá com bolachas amanteigadas enquanto vêem o programa da preta que vai salvar o mundo na sic-mulher?
O Plano Nacional de Leitura está a dar já um contributo muito importante para esta questão, mas não chega.
Não chega, pá! Não chega! Tipo Rui Barros a tentar finalizar de cabeça os cruzamentos do João Pinto! Não chega, o caralho do anão! Não chega, Lurdes, não chega! É que se é para ler esta merda, mas vale dar listas telefónicas aos miúdos, ou o diário da república ou a bíblia (eu faço a adaptação, na boa!). O estimulo da leitura através da mediocridade, pode de algum modo (um modo muito, como direi, absurdamente espectacular) retirar-nos do analfabetismo, mas nunca nos livrará da iliteracia. Talvez por isso, ao criarmos este ciclo viciado, estejamos como nunca a criar a mais ignorante das gerações. Uma geração que desconhece o que significa ser ungido pela loucura de querer saber sempre mais; uma geração para quem a mediania é o objectivo e o mais do mesmo o horizonte acessível.
Agora, coisas melhores e que nos aconchegam à vida.
Por fim, ontem, no programa da Irmã Câncio, o mesmo que enervou as hostes do Pêécêdê, falou-se da Arrentela. Bairro problemático da margem sul do Tejo. Falou-se do projecto do Chullage. Eu, senhor de ampla cultura musical, deixo-vos com um vídeo de uma música que como poucas se enquadra no que por aqui deixei. Grato pelo vosso tempo e mais coisas bem-educadas que se devem dizer.
Nós já sabemos que a culpa morre solteira
Uma boa notícia parece denotar, a linha será manter. Mas será necessário fazer uma profunda reestruturação da via ao nível dos carris, travessas, sustentação de rochas.
O que não o relatório não aponta são os responsáveis por estes defeitos grosseiros! Já sabemos que em Portugal a culpa morre solteira.
Deixo-vos o Relatório Final e o Relatório Final e todos os anexos.
Será esta a quarta via?
Em jeito de conclusão diz: "uma nova esquerda só poderá nascer de várias rupturas das diferentes esquerdas consigo próprias".
Há coisas fantásticas
2 postes num só. que é tempo de crise no canal
Mestre Jesus: Vou corrigí-lo! Em 15 jogos ganhámos 11! Já ganhámos 7 jogos em casa! Mas se quer apenas falar dos jogos para o campeonato tenho que concordar que esta é a primeira vitória!»
2-
A ser verdade esta história, já chegamos ao fim do mundo.
eu felizmente ainda vivo num mundo que é uma espécie de citroen bx
Frase da Semana
Nunes Correia, Ministro do Ambiente
Domingo
Procura-se
Desapareceu no passado dia 26 de Setembro de 2008, na Fonte do Ídolo. Trajava calças de ganga azul, casaco escuro, calçava sapatilhas e transportava uma mala pequena.
Águas recebidas por mail
O método consiste em colocar todos os candidatos num armazém e disponibilizar 200 tijolos para cada um. Não dê orientação alguma sobre o que fazer. Em seguida, tranque-os lá e, após seis horas, volte e verifique o que fizeram. Segue a análise dos resultados:
fontes de inspiração
a morte de casimiro bruto maior
I
o padre hermenegildo ressonava no seu habitual tom do fim do almoço. o cheiro que empestava o ar, de certa força etílica abençoada, forçou uns quantos que entravam na sala, a um recuo estratégico, tão pouco habitual a quem se dedicava à serventia política. os homens que entravam pelas portadas reforçadas em chapa na madeira, e com fero nas dobradiças, eram os seguidores de casimiro bruto maior, ilustre homem da terra que se quedava num pranto lastimável e pouco recomendável de se anunciar ao povo.
- será desta que se fina o d. casimiro, manuel?
- esperemos para obra do senhor que nada de mau lhe aconteça. pelo menos por hora monsenhor.
- já não sei. o velho estrebucha há três meses e não se vêm melhoras. por certo que felismina se prepara enterrar o corpo do pobre homem. agora vamos, puxa por esses cavalos.
seguiram pelo estreito caminho do centro da vila, onde os velhos do costume bebiam no café, entraram pelo portão da majestosa quinta de d. casimiro, e os três seguidores próximos de casimiro rapidamente se aproximaram do padre pedindo que se despachasse, que por um fio a vida do senhor se encontrava, e que a bênção era urgente para se salvar a alma do purgatório, ou quiçá - por algum erro de registo superior - do inferno.
ao entrarem na soleira da casa senhorial com mais de duzentos anos, já lívida se assomava da porta a filha da cozinheira, regina. com os olhos ensopados de lágrimas a miúda em pranto disse o que se temia. morreu, o senhor casimiro, morreu.
bem se apressou o padre para não perder uma alma no céu, que d. casimiro sempre fora generoso nas suas obras e oferendas. mesmo tentando livrar-se de um pesado raspanete de deus, quem sabe de que forma, ainda usou os seus poderes supremos, traçando a cruz na testa do velho mais vezes do que o livro obrigava. ao sair da porta, procurando o tesoureiro da casa para pagar o trabalho de nosso senhor jesus, ouviu ainda o lamento rumorejante da viúva. pensou em apresentar as condolências ainda a quente, mas com o dinheiro na mão e o funeral mais rentável do ano para organizar, saiu com a vontade de beber um copo na taberna e preparar-se para um descanso antes da missa das sete da tarde.
e foi já na hora das sete badaladas que se sentaram na mesa os empregados de d. casimiro, com um sentimento estranho entre eles. até que regina disse altaneira, com a certeza de que ninguém ouvira as últimas palavras do velho,
- sabeis quais as suas últimas palavras?
(entreolharam-se suspeitando de uma fraude, mas a verdade é que ela fora a primeira a apresentar a notícia)
- que disse ele mulher? desembucha….
- primeiro disse que o padre haveria de se enterrar de bosta até ao pescoço, e que se a sua alma parasse num recanto que não no céu, viria para se vingar.
(mais um desvio de olhares arrepiados, e a impaciência a reinar)
- depois disse que com ele morrera o último político à face da terra. que nunca mais se enlevaria a prática do serviço ao povo. porém deixara em testamento um manuscrito com todos os segredos. depois fechou os olhos e suspirou.
assim escureceu a casa, correram-se as cortinas, acenderam-se as velas e esfriou a noite na vila. até os gatos se esconderam com medo de uma alma que se adivinhava penada.
ATENÇÃO: vou citar, num estilo elogioso, o avenida central... não, preocupados amigos e solicitas amigas, não estou doente
Eu que sou indivíduo de massas (carbonara à cabeça, não é massas de mamar, pá! é massas de gente acumulada à bruta como pontos da fnac, elevadores de shopping em véspera da celebração do nascimento do baby jesus... aaaaahhhhh, ok, ok, ok, não tinha percelambido, pá!) sucumbo às manadas. Na praxe foi mais ou menos isso. Toda gente ia, os meus amigos iam, a gaja que me queria comer ia, eu também fui. Que isto de ter gajas atrás de nós (de mim, vá...) não é todos os dias! Fui (fomos, que aquilo eram autênticas orgias) praxados valentemente e, como não podia deixar de ser, mediocremente. A imaginação nas praxes é monumental! Se aquilo fosse um quadro, assemelhar-se-ia a um gatafunho daqueles que se vendem nas exposições da APPCDM. Um gajo vai, bate palmas e compra que se fode. Talvez por isso (talvez, talvez, talvez, mas tenho quase a puta da certezinha absoluta) eu não tenha praxado. É que, digamos, há coisas mais úteis. Digo eu, claro. Que sou indivíduo caseiro e de gostos estranhos. Não que andar com 40 ou 50 caloiros de gatas atrás nós pela cidade não seja práctica de singular proeminência, passatempo, aliás, que deveria ser considerado pelas autoridades competentes uma actividade remunerada. "Ora bem, o senhor o que deseja? Venho cá abrir a minha actividade laboral. Muito bem, muito bem, meu jovem! Vai, portanto, encetar a sua vida laboral, certo? Vou, sim senhor! Preciso de saber qual é a actividade que vai exercer, para que possa colocar o código no campo respectivo! Vou ser praxador profissional!" Ora, percebe-se que chegada a minha vez, não praxei. Já tinhas dito isso, meu camelo! Pois já, peço desculpa! Aliás, o máximo que fiz foi enfiar o cabide pelo cu acima de um conjunto de indivíduos que a determinada altura da sua embriagada existência decidiram humilhar o meu irmão (e mais uns amigos) numa actividade extra-curricular. Foi lindo. Eu gostei, pelo menos. Bom, voltando ao assunto. Não deixa de ser curioso analisar, ainda que alavarmemente, também não sei fazer as coisas doutra maneira, pois não, piolhito?, que as praxes são apenas na sua intenção um retorno contínuo a divindades que não tendo poder ressuscitam todos os anos como arsenal decorativo. Acho que esta frase está do caralho, por isso vai a negrito. Até porque agora vou começar com o discurso mais sério, analítico e pungente que tão bem me identifica! Pois, pois...
Não é preciso ir muito longe, nem sequer ser muito expedito na fulminante e extravagente cultura literária ou filosófica, para saber que qualquer grande pensador se acerca, em feliz consciência, das mais diversas manifestações de paganismo. Ora em resignada motivação ou em desesperada existência todos os caminhos desaguam na larga praça que é a ausência de deus. Assim, em minúscula. Para irritar. E é contra isto que as praxes insistem em sobreviver. A persistência e a unidade destas experiências é o testemunho do tédio incurável deixado na alma humana pela perda de uma qualquer esperança absoluta, da perda do uso normal da sua consciência lúcida. Pode parecer excessivo usar esta insistência em referir um certo clima psicológico das praxes à sua coordenada absoluta, à relação que o praxador diz sustentar, contudo, correndo o risco de me enganar na caracterização, a praxe contenta-se com meras elocubrações acidentais, mesmo que possam em determinados pormenores ser inteligentes, ok, estou a ser benevolente, sem referir a intenção central: os praxadores são um molde vazio de uma ideia única de relação. Uma espécie de ultra-empiristas que se julgam mais perspicazes apenas porque não deixam perder um qualquer pseudo-próprio sentido da questão da praxe. Sentido esse, a meu ver, inexistente. Ou quanto muito, obscuro. E é nessa baça inquietação de quem praxa que ela, a praxe, se desenrola. Uma lenta e dorida conspurcação, um bacoco revivalismo doutros tempos, uma arquitectura voluntariamente acabada: a porta estreita de uma agonia pessoal e de um desespero insanável impostos sob a capa de uma tradição opressora. Tenho dito!
Bossacucanova - Previsão
especialmente dedicada ao meu amigo Miguel Aroso, insígne e fiel leitor do mais bom blogue de Braga.
tirada do ano
sugestão cultural
e com 3 golos emprestados se faz história da bonita
e não dizes nada?
Fim de emissão
E foi a quadratura possível na blogosfera. Esperamos que tenham gostado, apesar dos problemas inerentes a um debate à distância. Agradecemos aos convidados cujos contributos foram de grande qualidade e a quem devemos a possibilidade de efectuarmos esta piquena (ah grande líder) tertúlia.
A troca de opiniões continua como é óbvio, lancem-se prás caixas de comentários e questionem os nossos comentadores.
Até uma próxima oportunidade!
Valete fratres
O que é a identidade minhota? Como não sou minhoto, não saberei (pelo menos congenitamente) mas posso tentar saber. Ora, se esta condição (a tal identidade minhota) implica conflitos e estes sejam entre Guimarães e Braga (impressão minha ou centralizam em demasia o Minho nestas duas cidades), eu, humilde observador de quezílias minhotas, nada poderei dizer.
O que poderei ou tentarei dizer é: que a pessoa(?) minhota, em regra, pela sua herança cultural, religiosa e social deriva num beato e irascível ser. Prontos, generalizei um pouco mas penso que está bem retratada aqui a identidade de minhoto típico. (Pelo menos o que depreendi pela questão). Quanto aos minifúndios minhotos, poderia aqui descrever o quanto o Salazar e o seu dirigismo económico prejudicou estes, mas como poderia "insultar" a ideologia de alguém e divergir da questão posta pelo João fico por aqui.
Teremos nós de abdicar da nossa identidade minhota para superar os desafios do séc. XXI? Quem possuir a "típica" identidade minhota (beata e irascível) mais vale trocá-la, arrisca-se, numa evolução típica e natural de uma sociedade sã, a ser um perigoso outsider e assim se tornar num pauzinho na engrenagem do desenvolvimento físico e social desta Região.
Para finalizar uma afirmação à capital da nossa "região" e a relação dela com a diversidade minhota: Braga reúne um pouco de todo o Minho e todo o Minho tem um pouco de Braga. Valete fratres, foi um prazer.
Identidade
Minhotos e castelhanos
Talvez o espírito combativo que esteve na origem deste país persista ainda (e só?) na alma deste singular povo minhoto. Só que, à falta de castelhanos em quem bater, toda essa energia se vira para dentro... ;)
Como disse anteriormente, vejo um enorme potencial que urge estimular e apoiar na nossa região. Penso que as crises se ultrapassam e que rapidamente o Minho encontrará o seu caminho para o século XXI. Creio que na identidade dos minhotos reside o seu maior trunfo. Precisamos de encontrar novos "castelhanos" para combater e um meio concreto por onde o fazer...
4a. e última pergunta
Esta vai em jeito de provocação (pena não estar por cá a Helena para também se pronunciar sobre ela.
Ora cá vai:
Sociologia Regional:
- Partamos do lugar comum, o Minho é um imenso retalho de minifúndios. O minifúndio de que falo não é só fruto de um ratio população/território elevado, mas resultado de um processo histórico e social que sempre avocou para o Minho esse cego apego ao arame farpado e que se reflecte no pensamento (ou falta dele) minhoto. Isso vê-se reflectido no dia-a-dia, nas constantes tropelias entre Braga e Guimarães que tantas vezes impediram projectos comuns.
- Teremos nós de abdicar da nossa identidade minhota para superar os desafios do séc. XXI?
Economia minhota
O Minho tem várias condições para se afirmar como uma região dinâmica e de excelência no panorama Ibérico. As más apostas e a centralidade do regime tem dado cabo das prerrogativas quase congénitas desta Região. As vias de comunicação são extremamente importantes na dinâmica de uma Região. Mais importantes são na economia desta. O que se passou com a rarefacção da linha férrea desta região em troca de estradas, muitas delas de qualidade bastante questionável, é exemplo a não seguir. Quanto ao TGV. Uma falácia quando falam em trazer competitividade e dinamismo ao Minho (isto tendo em consideração que o fabuloso plano passe pelo Minho).
É uma região com elevada taxa de população jovem. Têm uma universidade de excelência no plano nacional. O Minho já começa a apostar naquilo que se poderá se evidenciar no âmbito económico, note-se o incremento de parques tecnológicos e empresas do ramo da informática a instalarem-se na Região. A agricultura e o artesanato local é algo que o Minho, na sua especificidade cultural, deve apostar. Claro que é preciso acabar com o paradigma económico que ainda singra na Região: indústrias de transformação (pouco competitivas) e baseadas em salários baixos e, normalmente, com uma gestão gananciosa e pouco habilitada. Os resultados estão bem visíveis.
A crise económica e o Minho
Actualmente dispomos de várias ferramentas (destaco a UM) para elevar a região a um nível global e voltar a torná-la firme economicamente.
No entanto, acho difícil que se torne no motor da retoma económica portuguesa para sazer esta sair da crise em que se encontra há quase dez anos e reconduzir o país ao "lugar" mítico (místico?) da convergência com a UE. E acho difícil porque se encontra especialmente deprimida, não só a nível económico mas também social, e não vejo como a poderíamos pôr no "pelotão da frente".
Aliás, não vejo nenhuma região do país capaz, por si, de o fazer.
Economia/ AVEPARK/INSTITUTO DE NANOTECNOLOGIA
Terceira pergunta
Versão séria:
Economia:
- Anunciam-se projectos de investimento público como o TGV, quando o Norte em geral e o Minho em particular definham económica e socialmente. A saída do marasmo não é fácil, mas é nas dificuldades que sobressaem a excelência dos bons e a mediocridade dos maus. O Minho é região de excelência por excelência? Tem argumentos para, a nível glocal (passe o neologismo), assumir-se como protagonista da retoma económica portuguesa e da afirmação da economia ibérica no mundo?
Terceira pergunta
Economia:
- Anunciam-se pdojectos de investimento público como o TGV, quando o Nodte em gedal e o Minho em padticulad definham económica e socialmente. A saída do madasmo não é fácil, mas é nas dificuldades que sobdessaem a excelência dos bons e a mediocdidade dos maus. O Minho é degião de excelência? Tem adgumentos pada, a nível glocal (passe o neologismo), assumid-se como pdotagonista da detoma económica podtuguesa e da afidmação da economia ibédica no mundo?
Nota: Este foi o meu momento Judite de Sousa, também tenho dideito, portanto é favor trocar a maioria dos d desta pergunta por r
Cultura/Guimarães
Guimarães como capital europeia da cultura tem um valor simbólico. Nada mais. Pouco mudará o nível cultural da cidade se não forem feitas mudanças radicais na criação de públicos e hábitos culturais. E isso, é um problema do nosso sistema de ensino.
Penso que as infra-estruturas regionais serão suficientes. Quanto às estruturas culturais locais, é outra história. Vale apostar nos conteúdos. Eclécticos e também generalistas (democratização da oferta cultural). É necessário, também, implementar a noção da cultura como algo essencial. Por isso, praticar um regime de preços em congruência com o rendimento médio nacional e não o contrário, isto nas dependências culturais sobre a tutela do Estado, isto é, sobre a tutela de nós todos.
A cultura no Minho
As quartas-feiras culturais dos anos 1980 no Teatro Jordão ainda hoje povoam o imaginário colectivo de quem viveu essa época. Eventos como o há muito acabado festival internacional de cinema (que o senhor do Fantasporto frequentava antes de criar o seu próprio festival), o Guimarães Jazz e os Encontros da Primavera (os três criados pela mesma associação - Convívio), o trabalho da Sociedade Martins Sarmento e do Cineclube de Guimarães (unanimemente considerado o melhor do país) são exemplos da dinâmica cultural que a cidade tem ou foi tendo. E atente-se que todos os exemplos que dei são obra de associações e não da autarquia. Há também as iniciativas da Câmara, onde se destaca a construção do Centro Cultural Vila-Flor.
Claro que a candidatura de Guimarães surgiu de forma inesperada, qual prenda (envenenada?) do Governo a António Magalhães. E da forma como está a avançar, só lá para 2015 é que teremos o projecto de 2012 pronto... A oportunidade do século pode muito bem tornar-se no "barrete" do século.
Conteúdos sem infra-estruturas de nada servem. A região do Minho está, neste momento, muito bem servida em termos de infra-estruturas. Em Guimarães, uma solução como a da construção do CCVF era absolutamente necessária, pois a cidade não podia viver ad eternum do auditório da Universidade do Minho... Quanto a Braga e ao seu Circo, é uma realidade que não conheço bem.
A Casa da Música é uma aposta ganha, embora tenha tido os problemas iniciais (atrasos de construção e o tempo que demorou a "olear a máquina"). Neste momento tem uma programação fortíssima em várias áreas, atraindo gente de todo o país para os seus eventos.
Cultura /CEC Guimarães 2012
Sigunda pergunta
Como já viram a Sra. do grupo não pode participar no debate por força de um boicote da EDP.
Pelo menos o Luís já consegue postar.
Enfim, continuemos com os que cá estão:
Cultura:
- Guimarães prepara-se para ser dentro de 4 anos a Capital Europeia da Cultura. Depois do moderado sucesso que foi o Porto 2001, qual a importância que atribuem a este evento, sobretudo tendo em conta o muito que falta fazer para a criação de públicos e hábitos culturais?
- E vale mais a aposta nas infra-estruturas ou nos conteúdos? Em Braga o caso do Theatro Circo parece demonstrar que a segunda hipótese deve prevalecer e o caso da Casa da Música no Porto (inaugurada vários anos após o fim da Porto 2001)parece corroborar a mesma conclusão.
Regionalização/ Quadrilátero
Um "piqueno" tratado
O "protocolo do quadrilátero", e outros como tais, são, na minha opinião, uma resposta ao "centralismo" que grassa no nosso País. Ora, se tudo corresse bem, isto é, a organização política-administrativa que vigora actualmente no nosso país fosse competente e abrangente nem estaríamos aqui a pôr em causa o sistema actual nem os concelhos se agrupavam em estruturas que escapam ao modelo político-administrativo actual.
É necessário descentralizar. Será que a Regionalização é a panaceia para todos os males do Minho? Não. Nem vamos por aí, pois não há mal que sempre dure nem cura que sempre cure.
As consequências do centralismo podem se visualizar a partir de qualquer qualquer recanto minhoto. Poderão dizer que o problema não é o sistema político-administrativo actual mas sim de quem governa e quem põe em prática o "sistema". Mas também diziam o mesmo sobre o sistema comunista da antiga URSS. Como dirão também os neoliberais sobre a crise actual e a falência do seu sistema e falácia em que se tornou a sua filosofia. Não. O sistema administrativo está em falência técnica. Provas não faltam. É necessário uma reforma administrativa que corrija e anule os problemas do centralismo. Para isso só vejo uma forma: dar o poder da decisão política às estruturas regionais a criar. Embora a forma como implementar e como irá vigorar uma possível Regionalização esteja por se discutir, para mim, é inegável que o sistema actual está falido e é necessário mudá-lo.Por isso, o futuro terá que passar por onde o outro sistema falhou, isto é, pela Regionalização.
Os quadriláteros regionais
Cada um destes concelhos, se a nível nacional tem alguma representatividade, pouca ou nenhuma terá internacionalmente. Com a união consegue-se uma comunidade de mais de meio milhão de pessoas, cinco instituições de ensino superior (serão seis?) e uma região bastante dinâmica, apesar da crise que a assola há alguns anos.
Uniões de esforços deste género parecem-me ser dos poucos caminhos possíveis para dinamizar as regiões um pouco afastadas dos principais centros de decisão do país (leia-se a cidade de Lisboa e, em menor escala, a do Porto).
Não sou defensor da regionalização. Penso que pouco trará de benéfico ao país, e que servirá para pouco mais do que a criação de uma imensa máquina burocrática em cada uma das regiões que aí surgiriam. Portugal é há muito um território muito coeso, e a nossa tradição (e tradição de sucesso) é a do municipalismo. Desde a Fundação da Nacionalidade que tivemos municípios com um elevado grau de autonomia e esse modelo mostrou-se muito bem sucedido no passado. Parece-me, então, que a solução, em vez de regionalizar, é aumentar as competências dos concelhos.
Assim sendo, claro que não vejo a regionalização como a milagrosa solução que resolverá os problemas do centralismo em Portugal.
Debate Blogosférico
Bem vindo ao primeiro debate blogosférico do Minho e quiçá do Mundo.
O modelo é claro, eu moderarei o debate, teremos 4 bloggers a responder a 4 perguntas sobre 4 temas. Bonito? Diz que sim
Passemos então ao debate.
Primeira questão:
Tema: Organização político-administrativa:
- O recentemente assinado protocolo do quadrilátero, que engloba as mais transversais matérias de gestão politica, é a prova de que nem todos os males se devem à inexistência do modelo regionalista, ou a excepção honrosa que reconfirma a regra?
- A regionalização é a panaceia para todos os males de que o Minho enferma?
Nota: O Luís Soares terá de responder na caixa de comentários por dificuldades técnicas
Debate a ser anunciado com pompa e circunstância: Quadratura de Blogues
Portanto, amigos e amigas, hoje, pelas 21h15, quem achar que ver os jogos da Champions é uma ganda seca, pode deslocar-se ao nosso ponto de encontro internáutico e aferir da excelência dos nossos convidados e, pois claro, do moderador.
Ó Etc, e quem são tão excelsos convidados?
Ainda bem que levantas tão premente questão, ó voz imaginária que me enche os dias. Pois bem, os ilustres convidados são:
Helena Antunes, do Socióloga Avense
Motivo: não é, hodiernamente, fácil encontrar blogues femininos que não falem apenas de filmes com o Clooney, de estados de humor dependentes do período, de unhas de gel e mais o caralho! Por tudo isto, e principalmente porque gosta de futebol (apesar de paradoxalmente ser benfiquista), a Helena é uma escolha óbvia. E é socióloga, mas não vota BÉ! Ora, toma lá!
Tiago Laranjeiro, do Mater Matuta
Motivo: para mim, gajos que buscam na sapiência latina nomes para os seus blogues merecem toda e qualquer consideração. E estima, também. Estava capaz de lhe emprestar a escova dos dentes. Assim, viva o Tiago! Viva!!
Marco Gomes, do Remisso
Motivo: na bloga tuga, no que concerne à invenção de títulos para os postes, o Marco ocupa um honroso segundo lugar, atrás obviamente desta persona que se incumbe de se apoderar das minhas mãos sempre que introduzo a minha password de acesso ao blogue. Depois, é indivíduo para escrever postas longas e grossas (quase com as do Daniel Oliveira, mas com a agravante de as do Marco terem conteúdo e como tal darem algum trabalho a ler) sobre assuntos económicos e a crise o que faz dele o Peres Metelo de Cabeceiras. Mas espera-se que, para o seu sucesso extra-blogues ao nível do relacionamento heterossexual, mais bonito. E fofinho. Estou também em crer que o Marco não vota no PP. Estou quase convicto disso...
Luís Soares, do Causas Comuns
Motivo: é das Taipas. Um dos meus melhores amigos é das Taipas. Nas Taipas só há gente boa. E o César Peixoto, pá? Ó voz vinda do meu interior, segundo sei o Peixoto não é das Taipas, mas de uma freguesia circundante... Uma onde existe um restaurante bem bom, para quem gosta de comer sem se preocupar com o peso. Depois, o Luis tem a sua foto no blogue o que lhe pode dar alguns pontos extra na minha consideração. E está também a levar a cabo (e a fio) uma cena altamente sobre diários de pessoal que está lá fora a trabalhar, ou de povo que foi em Erasmus mamar suecas como se não houvesse amanhã.
pequenos aforismos que em caso de necessidade salvariam o mundo (e o cláudio ramos também)
Um post atrasado, mas o trabalho primeiro...
Morreu um dos rostos da Direita europeia.
Com Joerg Haider começamos a conhecer o ideal "democrático" da União Europeia, também visto recentemente nas reacções ao chumbo popular irlandês ao Tratado de Lisboa. Se estão como nós queremos tudo bem, se não estão, têm de mudar.
Quando Haider e o seu FPO receberam 25 % dos votos nas legislativas Austríacas de 2000 e chegaram, em coligação, ao poder na Áustria, os Senhores de Bruxelas imediatamente impuseram sanções ao país, enviando inclusive uma comitiva para averiguar da legalidade do governo austríaco. Tudo pela democracia, mas contra o voto popular. Qual dos valores o mais alto...
Felizmente, Bruxelas não chega tão longe e não conseguiram afectar o seu lugar de governador na Provincia da Caríntia, onde era apoiado por 45% da população.
Com o novo BZO, alcançou 11% dos votos, preparando-se para uma nova coligação para chegar ao governo da Áustria. Se o deixassem... A estrada não deixou...
Cá pelo Portugal, pelo correr das sondagens, não sei se não haverá uma eventual coligação socialista/"trotskista". Interrogo-me: haverá sanções para tal por parte da U.E.??
Por outro lado, há coisas que não entendo.
O Vereador dos Espaços Verdes da CML, Sá Fernandes, mandou retirar este cartaz por "incitamentos à violência e à xenofobia".
Recomenda-se
PIDDAC 2009 para Braga e arredores
A seguir à sede de Distrito, o concelho de Guimarães é o segundo a receber mais verbas. O maior investimento destina-se à Capital Europeia da Cultura 2012, sensivelmente 12 milhões 333 mil euros. De resto, o PIDDAC para Guimarães contempla a construção do novo Centro de Saúde S. Torcato com uma verba de 950 mil euros, a remodelação do Palácio da Justiça, com 535 mil, a requalificação da EB 2,3 João de Meira, com uma verba de 110 mil e o Centro de Emprego de Guimarães contemplado com 15 mil euros.
Trio de Bloggers
Discute-se o TGV + Política ferroviária, bem como as novas barragens + Política energética e ainda se aflora a recente sondagem do DM.
Tudo, quarta-feira, às 13:15 no RCP, 92.9 fm.
P.S.: Prometo arranjar o programa dr.
trocado por miúdos e um desabafo adicional
Frase da Semana
recebi este mail e como ando em maré de não escrever junto o útil ao agradável (ou qq coisa do género)
Eles dão o número do telefone de um colaborador, por intermédio do qual deve ser feita a marcação para a realização do serviço. Ou seja, se o assinante não conhece o golpe e não telefona para a TV CABO para saber se isto é verdade, o golpe (assalto) é praticado com hora marcada. Vejam só até onde chegou a ousadia dos bandidos!
As próprias vítimas marcam o dia em que as suas casas podem ser assaltadas!!!
Sugiro que passem esta mensagem aos vossos amigos, tenham eles TV CABO ou outro qualquer serviço de TV por assinatura, para que eles, também, passem esta informação de interesse.
ISTO SERVE PARA QUALQUER OUTRA COISA: GÁS; ÁGUA; ETC"
(in)justiça
fontes de inspiração
venenos de deus remédios do diabo
mia couto, caminho – 2008
[7,5/10]
entre áfrica e portugal continuará a existir uma relação umbilical. a prosa romanceada não poderá fugir a essa genética centenária que nos corre nos dedos quando escrevemos sobre as relações dos povos. o moçambicano mia couto volta a esse tema no seu último romance. venenos de deus, remédios do diabo, é um romance que nasce da partida de um médico português na procura de uma mulher que conheceu em lisboa. vai vivendo naquela terra (vila cacimba) perdida no continente africano, servindo a povoação local e um casal (dona munda e bartolomeu sozinho), casal este progenitor da bela deolinda, razão pela qual o médico viajou para esta terra.
a história é um desfilar dos temas recorrentes. bartolomeu sozinho serviu em tempos um barco português como mecânico, conheceu portugal e uma parte do mundo, vivendo agora como que enclausurado no seu quarto,
“ – o sofrimento é a nossa escola maior.” (pp. 29) relembra o velho nas visitas do médico.
as estranhas birras deste homem, vão no seguimento dos passados bizarros de todos eles. os enublados enredos que se vão intricando, ao mesmo tempo que se vão desfiando os passados de todos, inclusive do autoritário administrador da vila, mostram que em mais de trinta anos ainda restam muitas feridas da colonização, e também da guerra civil. contudo, ali há sempre a esperança renovada,
“ – Cure-me de sonhar doutor.
- Sonhar é uma cura.” (pp.16 e 17)
mia couto insiste nos jogos de palavras. é a sua mestria. é o seu talento inato, e por isso reserva-nos jogos de cintura com as palavras capazes de nos dar a certeza que vale a pena continuar agarrado à leitura,
“-Não é que seja infeliz. Eu não sou é feliz. […]
Quem tem medo da infelicidade nunca chega a ser feliz.”
depois presenteia-nos com acrescentos ao léxico já de si rico, que embora em menor número neste romance, não deixa de ser um poder de reinvenção da escrita assinalável do autor, “lagrimejar”(pp.53), “subterfugitivo”(pp. 56), “canguruando pelas ruas” (pp.57) ou “garinpeirando o chão” (pp. 75) ou mesmo “tantíssimamente” (pp. 78). temos outras como “adentrar” ou também “artmosfera”.
entretanto vamos vivendo entre o ar pesado da rua, um cemitério onde as flores que se arrancam se transformam em braços, entre um quarto escuro com o velho bartolomeu lá dentro e uma casa onde se encontram sussurros pelos cantos. é que nesta terra o “barulho pesa, mas o não escutar é que cansa." (pp. 153)
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outras citações,
“A idade é uma repentina doença: surge quando menos se espera, uma simples desilusão, um desacato com a esperança.. Somos donos do Tempo apenas quando o tempo se esquece de nós.” (pp. 65)
“- O primeiro milho é para os donos dos pardais.” (pp. 77)
“- Não é tabaco que a gente consome. A gente fuma é a tristeza.” (pp. 78)
“-Você não me amou o suficiente,
-Para si não há nunca suficiente.
Não era só para ele que não bastava. O suficiente é para quem não ama. No amor, só existem infinitos.” (pp. 99)
“ - O tempo é o lenço de toda a lágrima” (pp. 154)
“Sonhar é um modo de mentir à vida, uma vingança contra um destino que é sempre tardio e pouco.” (pp. 155)