Não haverá grande ciência, creio. Sinto-o no mais profundo de mim. Não haverá grande ciência nem coisa que lhe valha. Serão onze contra onze e uma bola. Mas há coisas que não lembram ao caralho. Só ao Paulo Bento. E ao Lucílio que marcou um penalti à Benfica a favor do Sporting. É justo! Algum dia tínhamos de ter um daqueles. Voltando ao Paulo Bento. Humm, não tenho alas e o Pereirinha é o Pereirinha, por isso vou jogar com o Rochemback aqui encostado à direita a ver se ele dá profundidade, velocidade e dinâmica à equipa. É isso, depois, para num rasgo de génio iludir o Jesualdo, vou meter o Djaló a 10 e aproveitar a sua capacidade de passe, visão de jogo e posse de bola para poder desequilibrar o meio-campo do Porto, onde jogam somente dois dos melhores médios do campeonato, ao mesmo tempo que perco o único avançado que tenho capaz de correr metros em contra-ataque e o único também capaz de desequilibrar em velocidade nos últimos metros de área. É isso!, terá pensado Paulo Bento! O que achas Paulinho? Acho bem, mister! Mas agora estou ocupado a jogar sudoku. Mas, Paulinho, isso são os bonecos de colorir do Snoopy! Ah, o filho da puta do Sá Pinto enganou-me e disse-me que isto era sudoku! Ok, Paulinho, deixa-te estar que vou perguntar ao Barbosa. O que achas, Barbosa? Acho bem, mas agora 'tou aqui a mamar croissants e a fazer de conta que tenho trabalho e a pensar na sorte que tenho e de como estes croissants são mêmo bons! Ah, ok, então vou perguntar ao Sá Pinto. O que achas, Sá Pinto? Acho bem, mas agora 'tou aqui a escrever um hate mail ao Rui Àguas a contar-lhe que lhe vou foder o focinho assim que acabe de completar o sudoku que gamei ao Paulinho. Ah, ok, então estou sozinho. Vou aqui ler o livro o Octávio Machado a ver se ganho inspiração. Ok, já ganhei. Inspiração. Portanto, o Abel é craque, o Patrício é o novo Schmeichel sem a cena de fazer defesas, o Rochemback é extremo-direito, o Derlei joga sempre e só sai se morrer (e mesmo assim o Tiuí terá dificuldades em jogar...) ou se precisar de uma pausa para beber um ovomaltine, só para retemperar que aquilo pertence à estripe de jogadores à porto, daqueles tipo Bandeirinha e André. Jaime Magalhães e Paulinho Santos. João Pinto e Rui Filipe. Gajos do norte carago! E, foi assim. Mamámos. E bem. Que não jogamos (aqui não leva acento, uma vez que não só não jogámos nada como continuamos a não jogar um pintelho que seja, por isso "jogamos", percebem?) um caralho. Claro que na 2ª parte o Rochemback foi para o meio e não houve pai. O Veloso deixou de ter que pensar e não houve pai. Entrou o Romagnoli e não houve pai. O Djaló foi para a direita e lá sacou umas fintas e uns cruzamentos e não houve pai. Ou, então, o Porto já estava a ganhar e, como qualquer equipa que se preze, pressentiu o que todos sabiam (eu, pelo menos, já sabia): Ó leões, ataquai, ataquai que ides levar um biqueiro nos dentes que vos ides foder bem fodidos! Vulgo: deixai-os virem-se de entusiasmo atacante que aquela merda é tudo pólvora seca. Estéril. Sem tesão. Ou, então, tesão de mijo. É isso! A 2ª parte do Sporting foi tesão de mijo. O resultado de um qualquer sonho erótico que o Paulo Bento teve durante o intervalo e que, de algum modo, terá contagiado alguns jogadores. Claro que eu, na minha vasta experiência, desde há muito que sei distinguir uma matinal contracção fálica do verdadeiro tesão. O que dura. E que não dói ao desaparecer. Quer dizer, não dói se for coisa bem feita. Claro!

*Queríeis a tradução, não era? Ide procurá-la, seus bandalhos analfabrutos! Ide, e levai com vossas excelências a lêndeas dióicas que pululam no plantel do clube do Visconde.